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Coluna Carbono Zero: China quer gerar energia limpa no espaço

País pretende colocar painéis solares na órbita da Terra. Entenda qual é a lógica por trás desse conceito.

Por Salvador Nogueira
Atualizado em 7 dez 2021, 13h16 - Publicado em 17 nov 2021, 18h49

É uma ideia que nasceu na ficção científica, acabou sendo posta de lado pela Nasa e agora se vê seriamente considerada pelos chineses, diante do drama das mudanças climáticas: a criação de uma estação de energia solar no espaço. A ideia não é difícil de entender: consiste em colocar painéis fotovoltaicos em órbita e transferir a energia captada por eles para uma usina em solo, por meio de um feixe intenso e concentrado de micro-ondas.

Ela também não é nova. O primeiro a popularizá-la foi o prolífico escritor Isaac Asimov, que em 1941 publicou um conto em que descrevia estações espaciais capazes de transferir energia colhida do Sol para outros planetas com raios de micro-ondas.

O conceito sempre foi difícil de implementar. Lançamentos espaciais são caros, e durante muito tempo não houve estímulo para desenvolver uma solução do tipo, quando havia opções muito mais baratas e simples. Mas essa equação começou a mudar com a urgência da humanidade em “limpar” sua matriz energética.

Painéis solares no espaço oferecem vantagens significativas sobre os instalados na Terra. Lá, eles não precisam lidar com a perda de eficiência ocasionada pela presença de uma atmosfera (que filtra radiação, com ou sem nuvens) nem com o fato de que durante as noites na Terra não há energia a ser colhida. Numa órbita geoestacionária, seria possível manter painéis expostos ao Sol de maneira quase permanente, com eficiência bem maior.

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Também ajuda que os voos espaciais estejam se tornando mais baratos. E aí a China decidiu ser o primeiro país a tentar tirar a premissa do campo da ficção para a realidade. Ao final deste ano, o governo deve concluir a construção de uma instalação de teste com custo estimado em US$ 15,4 milhões, na cidade de Chongqing.

Ali serão recebidos os feixes de micro-ondas que transportarão a energia colhida com os painéis, para reconversão em eletricidade. No princípio, os testes de transmissão serão feitos com painéis suspensos por balões, a fim de desenvolver as técnicas para a transmissão por micro-ondas com alta precisão e confiabilidade. Se tudo correr bem, os chineses esperam lançar satélites com grandes painéis solares capazes de gerar 1 megawatt até 2030. E ampliar isso para 1 gigawatt até 2049.

É um projeto ambicioso, potencialmente cheio de percalços, mas que pode ter impacto na forma como geramos energia na Terra. Por ora, temos de ver se funciona mesmo.

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