2015 foi o ano mais quente da história. E 2016 deve ser pior
O antigo recorde pertencia a 2014. Ou seja, não há mais dúvida alguma: o mundo está cozinhando.
Cientistas da Nasa e da Noaa (a agência americana de oceanos e atmosfera) divulgaram nesta quarta-feira que 2015 foi o ano mais quente já registrado na história, segundo dados coletados no mundo todo. O recorde anterior durou bem pouco: pertencia a 2014. 2015 foi 0,16°C mais quente que o ano anterior, o que implica em mais um recorde – nunca antes o recorde global de temperatura havia sido quebrado por uma margem tão grande. Dez dos doze meses de 2015 quebraram o recorde histórico de temperatura.
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E, por mais impressionante que seja o recorde, tudo indica que ele vá durar pouco. Os especialistas preveem que 2016, por ser ano de El Niño, seja ainda mais quente.
Todo ano, a Nasa e a Noaa compilam independentemente a temperatura global a partir de dados medidos em milhares de estações climáticas ao redor do mundo todo. Em seguida, as duas agências comparam os dados, o que exclui discrepâncias.
Os resultados já eram esperados, já que o aquecimento foi óbvio no mundo todo, com recordes históricos sendo registrados em partes das três Américas, da África, da Ásia e em quase toda a Europa. Já é a quarto ano do século 21 que quebra o recorde histórico de calor. A temperatura média global é registrada desde 1880.
A longa série de anos quentes acabaram com qualquer dúvida que pudesse restar quanto ao fato de que o mundo está mesmo esquentando. Mas, além do aquecimento global causado pela emissão de gases de efeito estufa, o mundo está sob o efeito do El Niño, um fenômeno natural periódico que tradicionalmente acontece a cada cinco anos, causando um aquecimento atípico no Oceano Pacífico. As mudanças climáticas tornam os efeitos do El Niño ainda mais extremos. Como 2016 deve transcorrer inteiramente sob os efeitos do El Niño, é de se esperar que seja ainda mais quente que 2015, que teve El Niño apenas nos últimos meses.
Se você ainda tem alguma dúvida sobre o aquecimento global, esta breve animação preparada pela Nasa deve acabar com ela: