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A usina de reciclagem de lixo espacial que pode orbitar a Terra em 2050

Conheça o complexo orbital capaz de reciclar satélites, hospedar turistas e até reabastecer missões espaciais para outros planetas.

Por A. J. Oliveira
Atualizado em 16 ago 2019, 19h45 - Publicado em 16 ago 2019, 19h44
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  •  (Robin Lynne Gibson/Getty Images)

    Temos chamado a atenção para o grave problema do lixo espacial diversas vezes aqui na SUPER ao longo dos últimos anos. E não é à toa que batemos tanto nesta tecla. Há 22 mil objetos grandes e milhões de pequenos pedaços de metal girando em volta do planeta, sendo que muitos deles não passam de lata velha. A órbita da Terra está cada vez mais parecida com um lixão, com satélites e estações espaciais de grande valor correndo perigo.

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    Algumas ideias e tecnologias estão sendo desenvolvidas com o intuito de encarar a questão no futuro próximo — a maioria delas consiste em espaçonaves que possam capturar o lixo espacial e fazê-lo queimar na atmosfera. Mas um grupo internacional de pesquisadores se uniu em torno de um projeto diferente: a construção de um complexo orbital multifuncional para fazer a reciclagem do material que está lá em cima. E muitas outras atividades.

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    Batizada de Gateway Earth (algo como “Portal Terra”), a estrutura prevista para começar a operar em 2050 será como a Estação Espacial Internacional. Só que, em vez de focar na ciência, seu objetivo principal é prestar serviços à crescente frota de satélites na órbita terrestre, abrigar turistas espaciais e servir como parada estratégica para espaçonaves a caminho da Lua e dos planetas. Ela ficará 100 vezes mais longe da Terra que a ISS.

    A ideia é posicionar o complexo na chamada órbita geoestacionária: um cinturão a 36 mil quilômetros da superfície onde os objetos giram em sincronia com a rotação terrestre. É o ponto ideal para satélites de telecomunicação ou de previsão do tempo, já que eles ficam 100% do tempo acima de uma única porção territorial. Essa órbita é mais conhecida como GEO — não é tão poluída quanto a órbita baixa (LEO), mas está começando a ficar.

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    Destruir o lixo espacial na LEO é relativamente mais fácil que na GEO, que está muito mais distante da atmosfera terrestre e seu poder incinerador. Lá, o que os operadores costumam fazer é deslocar os satélites no fim da vida útil por 300 km ou 400 km até um “cemitério”. Mas 20% deles não consegue chegar nessa zona de proteção a tempo — são o foco do Gateway Earth. Estima-se que esses serviços abram um mercado de US$ 8 bilhões anuais.

    Satélites funcionais podem ser reparados ou reabastecidos. Quando eles viram lixo, são trazidos até a estação para reaproveitamento de peças valiosas, como câmeras e painéis solares. O restante do metal pode ser reciclado para produzir espaçonaves ou facilitar a construção de bases lunares, por exemplo, com material gerado no próprio espaço. Sem os custos dos lançamentos de foguetes, toda a operação deve se tornar bem mais barata.

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    Um dos motivos que fazem do Gateway Earth um entreposto realmente estratégico para a exploração espacial é sua localização: a órbita geoestacionária marca o fim do grande poço gravitacional terrestre. Ir dali até a Lua ou rumo aos planetas é muito mais fácil, como planar de asa delta. Ter um complexo capaz de, além de consertar satélite, fabricar produtos e veículos neste ponto do espaço pode fazer toda a diferença.

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