Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Amazonas pode estar alimentando a maior colônia de algas do mundo

A invasão do sargaço fora de seu habitat é um problema desde 2011. Mas, agora, pesquisadores desconfiam que a chave do mistério pode estar no rio brasileiro

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 9 jul 2019, 16h03 - Publicado em 9 jul 2019, 15h58

A alga sargaço é uma pedra no sapato dos amantes de praias. Alguns anos atrás, milhares de turistas em destinos famosos como Cancún, Playa del Carmen e Tulum tiveram suas fotos de férias invadidas por um volume descomunal de sargaço, e muitos tiveram que desencanar dos banhos de mar.

Algas naturais no mar já podem ser meio incômodas. Mas o grande problema do sargaço… é que nem era para ele estar lá.

O habitat natural dessa alga é o Atlântico Norte. Mas, em 2011, aparentemente de surpresa, uma colônica gigantesca de sargaço, ela começou a florescer em um trecho de mar aberto entre a África e a América do Sul, lugar onde não era vista antes.

Com o passar dos anos, ela floreceu tanto no ambiente novo que começou a invadir as paradisíacas praias do Caribe. A presença da espécie nessa região é um exemplo de grande desequilíbrio ecológico. Além de tornar as praias inviáveis para turistas, a presença das algas aprisionou tartarugas e prejudicou toda a economia da região.

Em 2018, a quantidade de algas na região atingiu o número recorde: 20 milhões de toneladas – cerca de 10 vezes mais que o volume encontrado em 2011.

Continua após a publicidade

Apesar do problema gigante, os pesquisadores não sabiam porque, de repente, o sargaço começou a se expandir entre a África e o continente sulamericano. Até agora.

Para entender as razões por trás do mistério, vamos voltar ao início da história: segundo registros de satélites, em 2011 – o ano em que o sargaço começou a se espalhar para fora do Atlântico Norte – a porção central do Oceano Atlântico estava com uma concentração anormalmente alta de nutrientes.

Os pesquisadores acreditam que o que originou esse banquete atípico para as algas foram depósitos provenientes do rio Amazonas.

Continua após a publicidade

E eles não são naturais: de acordo com o estudo, resquícios da agricultura e do desmatamento fizeram com que esse rio despejasse mais nutrientes do que o normal no oceano.

A equipe acredita que os anos de altos fluxos de insumos despejados no rio foram cruciais para o crescimento de sargaço em uma parte do oceano onde ele nunca havia proliferado antes.

Esse é um problema bem complexo e os pesquisadores afirmam que mais análises precisam ser feitas  para entender melhor o conjunto de condições (temperaturas da superfície do mar, níveis de nutrientes, salinidade) que possibilita uma vida tão “luxuosa” do sargaço na região.

Mas o maior temor da equipe é que essa quantidade de alga deixe de virar uma situação atípica isolada e acabe por virar a realidade normal de praias, antes, paradisíacas.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.