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As outras terras

Cientistas estão no limiar de encontrar planetas que, como o nosso, são capazes de abrigar vida ao redor de outras estrelas

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h52 - Publicado em 12 fev 2011, 22h00

O sistema solar é um lugar interessante, mas, convenhamos: ele só possui um planeta que sabidamente foi colonizado de forma agressiva pela vida. Por isso, se o objetivo é encontrar um planeta tão vivo quanto o nosso, é bom começarmos a olhar para outros sistemas planetários.

Desde 1994, os pesquisadores têm detectado planetas ao redor de outras estrelas. Hoje já são mais de 300, demonstrando que sistemas planetários são carne de vaca no Universo. O que é boa notícia. A má é que, de tudo que vimos até agora, ainda não encontramos nada que seja realmente similar à Terra. Mas sem estresse. Estamos à beira de encontrar os primeiros gêmeos terrestres 100% legítimos.

“Esperamos que em dois anos encontremos um planeta que seja praticamente igual à Terra”, afirma Michel Mayor, astrônomo do Observatório de Genebra que inaugurou a caça aos planetas fora do sistema solar, em 1995.

A técnica que ele usa para encontrar planetas consiste em monitorar cuidadosamente a luz de uma estrela, de forma a detectar um pequeno bamboleio periódico do astro. Esse bamboleio é indicativo de que há um objeto menor – um planeta – orbitando ao redor dele. No início, essa técnica só servia para encontrar mundos muito grandes, do tamanho de Júpiter ou maior. Mas, com o refinamento dos instrumentos, finalmente os cientistas estão chegando a um ponto em que são capazes de localizar um planeta com a massa da Terra, girando ao redor de uma estrela como o Sol, a uma distância que coloque esse mundo na chamada zona habitável – região do sistema planetário em que a água pode permanecer em estado líquido na superfície. Um gêmeo idêntico da Terra, por assim dizer.

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Iguais, mas diferentes

Em compensação, por uma década de caça bem-sucedida a planetas fora do sistema solar, os astrônomos já notaram que há mais opções para um planeta com vida que uma réplica da Terra.

De um lado, os cientistas começaram a apostar em estrelas que não são réplicas exatas do Sol. O grupo de Mayor já encontrou, por exemplo, um planeta rochoso localizado no que seria a zona habitável de uma estrela anã vermelha, astro bem menor que o nosso Sol.

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De outro lado, os astrônomos começaram a se dar conta de que não é preciso ser 100% igual à Terra para abrigar vida. No sistema solar, temos os exemplos de Marte e Europa, que podem ter formas de vida ainda hoje vivendo por lá. Astros similares a esses mundos orbitando outras estrelas também seriam muito bem-vindos. Mas até o momento a tecnologia não permite que detectemos objetos desse porte, ainda menores que a Terra.

Finalmente, se tem uma coisa que os últimos anos de pesquisa mostraram é que não dá para limitar a nossa imaginação. Embora planetas assim não existam no sistema solar, os cientistas especulam que possam existir os “mundos de água” – planetas maiores do que a Terra, com oceanos globais muito maiores do que os encontrados em nosso mundo. Esses objetos também seriam potenciais abrigos para vida alienígena.

Os próximos anos certamente dirão quão raros são os planetas como a Terra e seus assemelhados capazes de abrigar vida. Hoje já temos dois satélites trabalhando nisso. O CoRoT, projeto francês com participação brasileira, está em órbita desde 2007 e promete encontrar planetas que tenham quase o tamanho da Terra – certamente os “mundos de água” estarão ao seu alcance.

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Já a Nasa lançou, no início do ano, o Kepler. Ele tem a capacidade para encontrar planetas com o tamanho da Terra ao redor de estrelas como o Sol, e os resultados preliminares obtidos com o satélite são encorajadores. Estamos no limiar de responder a uma das perguntas mais intrigantes da astronomia: a Terra é mesmo um planeta raro no Universo?

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