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Aumento das fake news faz pessoas acreditarem mais em cientistas

Uma pesquisa de opinião feita no Reino Unido mostra que a população ficou mais interessada em checar fontes e dados após início da pandemia.

Por Carolina Fioratti
Atualizado em 5 Maio 2020, 16h45 - Publicado em 5 Maio 2020, 16h44

Uma pesquisa de opinião feita pela Open Knowledge Foundation (Fundação do Conhecimento Aberto, em tradução livre) mostrou que os britânicos estão mais preocupados com a procedência de informações referentes à pandemia. 64% dos participantes afirmam que passaram a confiar mais na opinião de pesquisadores de universidades durante a pandemia, e 67% acreditam que gráficos, planilhas etc. sobre a covid-19 devem ser de acesso livre, para que o público possa verificar dados direto na fonte. 

A informação vai de encontro ao levantamento feito pela Office of Communications (Ofcom), órgão que regula as telecomunicações do Reino Unido. Eles calculam que metade dos adultos do país estão expostos a notícias falsas.

A Open Knowledge fez a enquete com o intuito de saber como as notícias falsas mudam a maneira como as pessoas lidam com o novo coronavírus, e o resultado foi mais satisfatório do que esperavam. O boom de desinformação fez com que a população começasse a olhar com cautela paraas notícias que chegam em seus smartphones – e passasse a dar mais importância à credibilidade as fontes. (Falando nisso, saiba como evitar cair em notícias falsas nessa matéria da Super.)

A população também quer ter acesso às pesquisas sobre vacinas que estão em andamento. Dos entrevistados, 67% concordam que esses dados devem ser públicos, e não limitados às empresas que detém a propriedade intelectual sobre as ideias. 

Além disso, os participantes se mostraram interessados em saber detalhes sobre as medidas tomadas pelo governo. Apesar de 59% dos 1.006 participantes confiarem nas medidas tomadas pelo governo com base em dados sigilosos, 97% disseram que os órgãos governamentais de saúde deveriam divulgar dados não confidenciais que foram usados pelos ministros e pelo Serviço Nacional de Saúde para chegar a decisões que afetam a população (como, por exemplo, o momento de iniciar ou afrouxar um lockdown).

Recentemente, a Escócia impôs limites novos a sua Lei de Acesso à Informação. O prazo de resposta do governo passou para 60 dias, com possibilidade de extensão para 100. Ao final do processo, a solicitação pode simplesmente não ser aceita. Nesse caso, é permitido pedir uma revisão, mas o processo volta para a estaca zero. Quem sabe eles respondam no ano que vem. 

O governo escocês já arranjou alguns problemas por conta disso. O jornal local The Scotsman divulgou que, no início de abril, a BBC pediu dados sobre o número de mortes em casas de repouso na Escócia, mas eles se negaram a responder diretamente a solicitação. Passaram para a listinha de Lei de Acesso à Informação. E aí, você já sabe: são no mínimo dois meses para uma resposta. Após receber críticas, o governo concordou em divulgar o número de mortes em intervalos regulares. 

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