Desconto de até 39% OFF na assinatura digital
Continua após publicidade

Cachorros realmente reconhecem significado de substantivos

Estudo monitorou o cérebro de cães quando seus tutores diziam o nome de um objeto e mostravam outro. E descobriu que eles ficam confusos.

Por Caio César Pereira
24 mar 2024, 18h00

Você já deve ter se perguntado se seu cachorro realmente entende o que você está pedindo quando fala “bolinha” ou “brinquedo”. Afinal, existe a possibilidade de que ele interprete o tom de voz ou a direção em que você aponta, e não a palavra em si. 

Um novo experimento permite responder que sim, ele entende. De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Eötvös Loránd, na Hungria, os cães são realmente capazes de compreender o significado de algumas palavras-chave, como “chinelo” ou “coleira”.

A pesquisa foi publicada no periódico especializado Current Biology, e demonstra que o cérebro dos bichinhos faz e armazena associações entre sequência de sons e palavras. Quando objetos conhecidos por eles foram apresentados com outro nome, seus cérebros exibiram sinais de surpresa.

Estudos sobre a inteligência e compreensão canina não são exatamente uma novidade. Em 2011, uma pesquisa mostrou que uma border collie chamada Chaser foi capaz de aprender o nome de mais de 1000 objetos. Em 2022, outra pesquisa revelou que os cães conseguiam responder a uma média de 89 palavras diferentes (variando entre 15 a 215).

No novo estudo, a equipe liderada pela etóloga Marianna Boros convidou 18 caninos e seus humanos para seu laboratório, e pediram para que eles trouxessem cinco objetos que os seus animais conheciam, como bolinhas, frisbees, coleiras, etc.

Continua após a publicidade

Os pesquisadores monitoraram o cérebro os animais por meio de eletrodos, usando eletroencefalografia não invasiva (EEG, um exame que alguns leitores já devem ter feito).

Os bichinhos foram colocados deitados em colchonetes confortáveis, separados dos donos por uma espécie de janela transparente. Depois, os pesquisadores pediram aos donos que falassem o nome de determinados objetos antes de mostrá-los aos animais.

O pulo do gato é que os donos foram instruídos a confundir seus cães. Em certos momentos, ao falar a palavra “bolinha”, eles mostravam um frisbee, e assim por diante. Às vezes, mostravam o objeto correspondente à palavra, às vezes mostravam um objeto diferente.

 

 

Ao analisar a atividade neural dos animais, eles viram diferenças quando os objetos não correspondiam às palavras que seus donos diziam. Quando um tem diferente do nome era apresentado, os eletrodos captavam um sinal maior do que o normal – um indicativo de surpresa.

Para entender até onde vai a compreensão, entretanto, serão necessárias mais algumas pesquisas. Os pesquisadores ainda não sabem, por exemplo, se os cães podem generalizar da mesma forma que nós humanos – ou seja, se bola para eles é todo objeto esférico ou somente aquela especificamente mastigada deles.

Continua após a publicidade
Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 6,00/mês

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.