Mariana Mello
Avanços da ciência como a clonagem trazem um monte de promessas para o futuro da humanidade. Infelizmente, geram também uma montanha de lixo cultural da pior qualidade. Veja o filme O Sexto Dia, protagonizado por Arnold Schwarzenegger, que andava meio sumido. Referindo-se ao trecho bíblico “e Deus criou o homem no sexto dia”, o filme dirigido por Roger Spottiswoode (de 007 – O Amanhã Nunca Morre) pretende deslumbrar o espectador com a idéia de clonar seres humanos. Adam Gibson (Arnold) é um musculoso bonachão que, quando chega em casa no dia de seu aniversário, vê pela janela um outro homem, idêntico a ele, assoprando a velinha. Então, passa a lutar contra o cientista que o clonou, que, por sua vez, tenta matá-lo para deixar o clone em seu lugar. Além do roteiro absurdo, o filme prima pela pieguice e pela farta distribuição de clichês. Duro mesmo é agüentar Arnold contracenando com Arnold. Dois Schwarzeneggers são demais para um filme só.