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Craig Ferreira: Desafio em alto-mar

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h37 - Publicado em 31 out 2006, 22h00

Íngrid Tavares

Craig Ferreira – Expert em tubarões

Céu claro, ondas calmas, água morna, areia branca e um aglomerado de pessoas. O ambiente perfeito para um faminto e violento tubarão-branco sobreviver. Esse mito cai por terra quando entra em cena o sul-africano especialista em tubarões Craig Ferreira, que assegura que a má fama dos bichos não passa de lenda. Desde menino, Craig é fascinado por tubarões. É considerado o mais jovem pescador de tubarões da África. Também foi o primeiro a nadar sem proteção entre tubarões em alto-mar com propósitos científicos. O segredo dessas proezas está na ponta da língua: “Era muito pequeno. Quando se é jovem, fazemos coisas que, ainda bem, não são repetidas quando ficamos mais velhos”, relembra. Conheça mais sobre os mergulhos dele na entrevista ao lado.

O tubarão-branco é o animal mais perigoso do oceano?

Não, claro que não. O tubarão-branco não é mais agressivo ou sanguinário que outro peixe no oceano. Aliás, a maioria dos tubarões-brancos são animais pacíficos. A maior parte vive nadando pelo oceano e só ataca quando detecta algo ou se sente ameaçada.

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Se ele é um animal pacífico, a que se deve essa má fama?

É claro que Tubarão e outros filmes e documentários ajudaram a construir a fama de animal violento do tubarão-branco. São filmes que assustam e impressionam as pessoas, já que dão a falsa idéia de que os tubarões vivem para nos atacar.

Qual foi o maior desafio que você já enfrentou no trabalho?

É difícil dizer, já que são tantos [risos]. Um dos mais difíceis é coletar sangue do tubarão-branco vivo. Enquanto minha equipe joga uma isca, eu tenho de dar a volta no barco, mergulhar por debaixo e ir até o outro lado para coletar o sangue dele. Devo enfiar uma seringa no tubarão enquanto ele está brigando com a minha equipe para conseguir comida. É bem perigoso. Assim como mergulhar sem a gaiola em alto-mar. Faço isso para ver a interação entre os tubarões e as pessoas, até onde posso empurrar essa confrontação da natureza. E isso é muito arriscado, porque é como andar na lua. Não foi feito por ninguém antes, não existe nenhum estudo, relato ou experiência sobre isso, e tudo que é feito ou descoberto é muito novo.

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O que você já descobriu sobre o comportamento e instinto do tubarão-branco com suas pesquisas?

Já sabemos bastante sobre o comportamento social desses animais. Eles se organizam baseados em seu tamanho; assim, o maior é sempre o líder do grupo. Eles também se preocupam muito uns com os outros. Muito de seu comportamento é voltado para a proteção dos seus companheiros. Também aprendemos sobre como eles se comportam na hora da caça. Eles usam técnicas específicas e diferentes para cada tipo de ambiente e presa. Pudemos, assim, descobrir também que os tubarões têm uma ótima memória.

Sabemos que eles fazem coisas que outros animais não fazem, como chegar até a superfície da água. Usam muita linguagem corporal para se comunicar. Por exemplo, se há dois tubarões, o maior se torna o chefe entre eles imediatamente. Eles nadam sempre próximos, mas em ângulo e não lado a lado. Dessa forma, se avistam uma presa à frente, eles não a afugentam e podem cercá-la mais facilmente.

Uma coisa que adoraria saber é o lugar onde eles procriam. Seria muito bom descobrir isso sobre os grandes tubarões, porque essas áreas poderiam ser protegidas e preservadas.

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