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Da última vez que houve tanto CO2 na atmosfera, havia árvores na Antártida

Essa mata não cresce da noite para o dia, é claro – mas a comparação demonstra o quanto transformamos o planeta desde a Revolução Industrial.

Por A. J. Oliveira
Atualizado em 4 abr 2019, 18h48 - Publicado em 4 abr 2019, 18h47

Os líderes políticos do século 21 não estão preparados para encarar o problema do aquecimento global com a urgência que ele exige. Mas a maioria esmagadora da comunidade científica reconhece as mudanças climáticas causadas por seres humanos – e se esforça para prever seus impactos.

Alguns dos cientistas usam simulações de computador sofisticadas para calcular o futuro. Outros tomam o caminho oposto e investigam como era o clima em determinados períodos no passado da Terra – justamente os períodos em que ocorreram mudanças climáticas similares às que estão sendo induzidas pela atividade humana atualmente.

Recentemente, pesquisadores britânicos deram uma atenção especial ao Plioceno, compreendido entre 5,3 e 2,6 milhões de anos atrás. Foi a última vez na história do planeta em que a concentração de dióxido de carbono no ar atingiu um patamar similar ao atual. 

Temos 412 partes por milhão (ppm) de CO2 na atmosfera. Antes da revolução industrial, o nível era 280 ppm. O mundo do Plioceno é bem diferente do atual: com a temperatura global de 3 a 4 graus Celsius mais alta que a de hoje, quase não havia geleiras no planeta, florestas cresciam ao redor do Polo Sul e o nível do mar era 20 m mais alto. 

Nossa situação ainda não é essa, evidentemente, mas pode chegar lá: basta dar tempo ao tempo para que todas as consequências do aumento na concentração de CO2 se manifestem.

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Essa conclusão foi apresentada durante um encontro da Sociedade Real de Meteorologia por Martin Siegert, geofísico e cientista de mudanças climáticas do Imperial College de Londres. O pesquisador usa uma metáfora doméstica para explicar por que as transformações não vão ocorrer da noite para o dia. “Se você liga o forno da sua casa e coloca em 200 graus, a temperatura não é alcançada imediatamente, leva um pouco de tempo. E é igual com o clima”, disse em entrevista ao The Guardian.

Ou seja: é bom reduzir as emissões o mais rápido possível. Ou começar a se acostumar com a ideia de uma Antártida verdinha.

 

 

 

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