Se alguém conta detalhadas histórias sobre como foi seqüestrado por um disco voador, pode-se pensar que, no mínimo, seja dotado de grande capacidade de imaginação. Mas não é isso o que pensa o psicólogo Nicholas Spanos e seus colegas da Universidade Carleton, em Ottawa, Canadá. Na verdade, diz ele, pessoas que alegam ter tido contato com discos voadores podem apresentar maior resistência à fantasia do que a média dos cidadãos.
Spanos submeteu a uma bateria de testes 49 pessoas do primeiro tipo e outras 127 que nunca haviam visto objetos não identificados. Mas não encontrou diferença significativa na capacidade de imaginação dos dois grupos. Assim, a americana Elizabeth Loftus, da Universidade de Washington, propôs uma alternativa: as histórias de discos voadores teriam origem no que ela chama “falsa memória”. Trata-se de um mecanismo que distorce as lembranças motivado por desejo profundo de que algo seja verdade.