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DNA não é uma dupla hélice

Cientistas ingleses descobriram que nosso código genético é "superenrolado" e assume formatos incríveis

Por Ana Luísa Fernandes
Atualizado em 8 mar 2024, 11h15 - Publicado em 13 out 2015, 18h15
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  • Cientistas parecem estar realmente empenhados em alterar tudo o que achamos que sabemos sobre biologia. Os vírus podem estar vivos, quem come chocolate é mais magro e por aí vai. Na escola, aprendemos que o DNA é formado por uma dupla hélice. Essa descoberta foi uma das mais importantes da história da ciência, e foi feita em 1953, pelos cientistas Francis Crick e James Watson. Agora, em 2015, uma nova pesquisa conduzida pela Universidade de Leeds, na Inglaterra, apontou que o DNA pode ter uma grande diversidade de estruturas.

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    Isso não quer dizer que Crick e Watson estavam completamente enganados, mas só que olharam para uma parte bem pequena da estrutura dos ácidos nucleicos. Mais especificamente, olharam para 12 pares de base de DNA, quando, na verdade, são mais ou menos 3 bilhões.

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    Para realizar o estudo, os cientistas recriaram as moléculas de DNA no laboratório, e cuidadosamente reproduziram o estado superenrolado. O DNA se encontra assim porque completamente esticado atinge quase 2 m de comprimento. Para caber no núcleo de uma célula, de 10 micrometros, é necessário que ele fique extremamente enrolado e apertado. O que eles descobriram foi surpreendente: “Alguns dos círculos tinham curvas acentuadas, alguns tinham formato de oito, outros pareciam algemas ou raquetes, e até agulhas de costura”, disse o líder do estudo, Rossitza Irobalieva, em entrevista.

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    Para ter certeza que essas formas bizarras realmente acontecem no nosso corpo, os pesquisadores inseriram a enzima topoisomerase II alpha, ou TOP2A. Ela agiu como age no nosso corpo: relaxou até a torção mais apertada do DNA. Isso mostra que o modelo criado em laboratório é fiel.

    A maior aplicação prática da novidade é a possível melhoria de remédios que interagem com o DNA, como antibióticos e alguns quimioterápicos. “Isso porque a ação das moléculas das drogas dependem do reconhecimento de uma forma específica de molécula -como uma chave que abre uma fechadura”, disse a coautora do estudo, Sarah Harris.

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