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Esta linda salada está sendo cultivada na Estação Espacial Internacional

Ainda não estamos cultivando batatas – mas já dá para fazer uma boquinha.

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
6 mar 2018, 12h22

Alguns Oscars atrás, um filme fofo, porém sem chance nenhuma de ganhar estava entre os indicados à Melhor Filme. Era Perdido em Marte, aquele em que um Matt Damon astronauta resolve, literalmente, ir plantar batatas no planeta vermelho. De lá para cá, a agronomia feita no espaço na vida real não ficou atrás.

Na última semana, o astronauta americano Scott Tingle, que está em missão na Estação Espacial Internacional, publicou no Twitter uma nova foto de um pé de alface roxa recém-cultivada em órbita.

Essa belezinha faz parte da fase atual do Experimento Veggie da Nasa, que cria vegetais em uma cabine da ISS. Parte do objetivo da pesquisa é entender os efeitos da microgravidade no desenvolvimento das plantas, mas também descobrir se há alguma particularidade nas bactérias e fungos que tendem a crescer com elas.

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Atualmente, os testes “Veg-03” estão experimentando o cultivo de três tipos de salada: a alface romana roxa, uma variedade de repolho chinês chamada Bekana e a mizuna, uma espécie de folha de mostarda japonesa.

A luz vermelha das fotografias é apenas uma opção testada pelos astronautas para promover a fotossíntese: a cabine também é equipada com led azul, verde e branco. Além disso, mais de 150 sensores monitoram condições como umidade, temperatura e oxigênio.

Não faz muito tempo, aliás, que essas saladas espaciais foram declaradas comestíveis: em agosto de 2016 o astronauta Shane Kimbrough comeu alface cultivada no espaço pela primeira vez na história, depois de uma série de testes que comprovaram que o alimento era seguro.

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Antideprê

Cultivar alimentos no espaço ajuda a solucionar um grande problema: como manter astronautas em uma primeira missão para Marte alimentados, sem levar um peso absurdo (e caro) em alimentos para a longa viagem? Esse, porém, é um cenário bastante distante. O que temos hoje são estudos que podem impactar diretamente a agronomia na Terra, mesmo: revelações sobre produtividade e a relação planta-microorganismo lá podem trazer boas práticas diretamente pra cá.

Mas a motivação mais curiosa para cultivar alimentos no espaço tem efeito de bem mais curto prazo. Uma pesquisa da Universidade da Flórida mostrou que a jardinagem espacial ajuda a levantar a moral dos astronautas – cujo trabalho, extremamente repetitivo e solitário, é bem menos emocionante do que os filmes fazem parecer.

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