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Estudante de 17 anos descobre novo planeta, com dois sóis

Distante 1300 anos-luz da Terra, é o 13º planeta à la Tatooine já identificado pela NASA.

Por Carolina Fioratti
Atualizado em 14 jan 2020, 13h07 - Publicado em 13 jan 2020, 18h28

Wolf Cukier poderia ser apenas mais um estudante que, durante as férias de verão, decidiu procurar um estágio. Mas não. Aos 17 anos, o jovem começou a trabalhar no Goddard Space Flight Center da NASA e, em seu terceiro dia como estagiário, descobriu nada menos que um novo planeta. 

Sua função era examinar dados do TESS ─ um telescópio espacial voltado à busca de planetas fora do Sistema Solar. Mais especificamente, Cukier verifica a variação no brilho das estrelas capturado pelo telescópio espacial, e busca indícios de que essa mudança seja causada por um planeta.

No momento da descoberta, Cukier estudava um binário eclipsante, ou seja, um sistema em que duas estrelas circulam entre si e encobrem-se a cada órbita. Porém, havia algo de diferente bloqueando a luz e, naquele momento, não teria como ser um eclipse comum. 

Era o planeta TOI 1338 b, como foi batizado. TOI 1338, diga-se, é o nome do sistema; “b”, o do planeta – todo astro recém-descoberto ganha o nome de sua estrela (ou sistema) mais uma letra; se for o primeiro planeta encontrado por ali, fica com a letra “b”.

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O fato ocorreu em meados de 2019, mas só foi divulgado há poucos dias, na 235ª reunião da Sociedade Astronômica Americana em Honolulu, devido ao longo processo de checagem ao qual foi submetido – os pesquisadores precisam avaliar se as transições são reais ou resultado de interferências ou distorções. 

Este é o primeiro planeta circumbinário ─ com dois sóis, à la Tatooine ─  encontrado com o TESS. Programas anteriores da NASA (Kepler e K2) já haviam descoberto outros 12 planetas semelhantes em 10 diferentes sistemas estelares. Veselin Kostov, supervisor da pesquisa, disse em comunicado oficial que o TESS deve observar centenas de milhares de binários eclipsantes durante sua missão inicial, de dois anos.

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O TESS possui quatro câmeras, responsáveis por registrar um pedaço do espaço a cada 30 minutos durante 27 dias. As informações obtidas são utilizadas pelos cientistas para gerar gráficos e detectar a mudança do brilho ao longo do tempo. No momento em que um planeta cruza a estrela, ele causa um “micro-eclipse” (cria uma sombra minúscula na superfície dela), e isso possibilita sua observação. Olha só:

O TOI 1338 b é 6,9 vezes maior que a Terra e se encontra a 1300 anos-luz, na constelação de Pictor. Quanto a suas estrelas, uma é 10% mais massiva que o Sol, enquanto a outra apresenta apenas um terço da massa solar, sendo também mais fria. Elas orbitam entre si a cada 15 dias, o que cria uma variante em profundidade e duração dos trânsitos do planeta, que são irregulares e ocorrem a cada 93 e 95 dias. 

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