Fevereiro de 2024 foi o mais quente da história
Esse foi o nono mês seguido a registrar recorde de temperatura, devido a mudanças climáticas e efeitos do El Niño.
O ano mal começou e já temos um novo recorde. De acordo com o Serviço de Mudança Climática Copernicus da União Europeia (C3S), o mês passado foi o mês de fevereiro mais quente já registrado na história.
Mas não só isso. Não bastasse o mês passado registrar uma temperatura média de 1,77°C acima da média pré-industrial, fevereiro também se tornou o nono mês seguido a estabelecer um recorde de aumento de temperatura.
Os efeitos puderam ser sentidos pelo mundo inteiro. Na Europa, as médias registradas estavam 3,3°C acima da média mensal dos anos entre 1991 a 2020. O Chile, por exemplo, foi atingido por um dos maiores incêndios florestais em décadas, com mais de 15 mil casas queimadas e 110 mortos.
De acordo com Carlo Buontempo, pesquisador diretor do C3S, a notícia em si não é exatamente uma novidade. As mudanças climáticas tornaram 2023 o ano mais quente registrado nos últimos 125 mil anos.
“Tão notável quanto isso possa parecer, não é realmente surpreendente, pois o aquecimento contínuo do sistema climático inevitavelmente leva a novos extremos de temperatura.”
Infelizmente, nada é ruim o suficiente para que não possa piorar. Isso porque os medidores mostraram que a chapa tá ainda mais quente (rs) nos oceanos. No mês de fevereiro, a superfície das águas marcou 21,06 ºC. O recorde anterior era de agosto de 2023, quando atingiu a marca de 20,98 ºC.
De acordo com os pesquisadores, dois fatores explicam o aumento recorde. Primeiro, claro, as consequências das alterações climáticas (com o aumento da concentração dos gases de efeito estufa), juntamente com os efeitos climáticos do El Niño.
O El Niño é um efeito natural que causa o aumento das temperaturas das águas do oceano pacifico, mas seus efeitos podem se acentuar com o aquecimento global. E por mais que o fenômeno recente esteja enfraquecendo, seus efeitos ainda vão demorar um pouco para se dissipar.