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Forma rara de toxoplasmose mata quatro lontras na Califórnia

A cepa COUG só havia sido encontrada em dois casos antigos. Agora, foi vista pela primeira vez em um animal marinho.

Por Leo Caparroz
Atualizado em 24 mar 2023, 18h42 - Publicado em 24 mar 2023, 18h41

Quatro lontras marinhas selvagens morreram depois de contrair uma cepa rara de Toxoplasma gondii, protozoário causador da toxoplasmose, transmitida através das fezes de animais contaminados, principalmente gatos. É a primeira vez que essa forma especificamente grave de toxoplasmose é identificada em um animal marinho.

Em humanos, o T. gondii geralmente não causa sintomas visíveis: estima-se que boa parte da população mundial carregue o protozoário. Mas, em grávidas e pessoas com sistema imunológico fragilizado, ele pode provocar danos neurológicos, inflamações nos olhos, complicações musculares, hepatites e pancreatites. Nos casos mais graves, pode ser fatal.

Em lontras, o parasita geralmente causa infecções crônicas; as mortes são incomuns. Agora, um grupo de pesquisadores realizou as necrópsias de quatro lontras marinhas encontradas encalhadas entre 2020 e 2022, na Califórnia. Eram três fêmeas adultas e um macho mais jovem.

O que os cientistas encontraram foi surpreendente: as lontras estavam infectadas com mais parasitas, em mais tipos de tecidos, do que o comum em outros casos de toxoplasmose – e tinham o tecido adiposo gravemente inflamado devido à presença de parasitas.

As lontras têmuma  dieta rica em bivalves, como ostras e mariscos, que podem estar infectados com ovos de T. gondii. 

“Assim que comecei a observá-los no microscópio, pensei, ‘uau’”,  diz Melissa Miller, do Departamento de Pesca e Vida Selvagem da Califórnia e uma das envolvidas na pesquisa.

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Através de sequenciamento de DNA, a cepa rara do parasita foi identificada. Ela se chama COUG, e só havia sido relatada em um par de leões da montanha no Canadá, em 1995 e em um porco selvagem também na Califórnia, 20 anos depois.

Miller diz que ainda não está claro se a cepa é tão virulenta em outros animais quanto parece ser em lontras. Ela já se mostrou prejudicial para camundongos e agora pode ser mais uma preocupação para animais selvagens marinhos.

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