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Gravidade? Bobagem

Rodas ao ar. De cabeça para baixo, de preferência. Conheça nestas páginas, o real significado da palavra radical

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h49 - Publicado em 30 abr 2001, 22h00

Mariana Mello

Eles são recordistas em duas coisas: na altura que atingem e no número de passagens pelo ortopedista. “Já fui mais de 100 vezes”, diz o paulista Eugênio Amaral, 25 anos, um dos melhores skatistas brasileiros. Quem quer sentir a vertigem de voar numa bike, em patins ou num skate tem que deixar o medo de se esborrachar em casa. Nesta segunda reportagem da série Esportes Radicais, você conhecerá cada detalhe desses perigosos esportes sobre rodas. A modalidade que escolhemos foi a vertical, a que mais oferece riscos. Nela, as manobras são feitas no half pipe, uma pista em forma de “u”. As páginas que seguem são de dar frio na barriga…

Para saber mais

Na internet:

https://www.skateboarding.com

https://www.expn.com

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mamello@abril.com.br

luiz.iria@abril.com.br

Alçando vôo

Vinte manobras em menos de um minuto

O primeiro esboço de patins com rodas surgiu em 1760, na Bélgica. Em 1863, nos Estados Unidos, o americano James Plimpton transformou a brincadeira em esporte. Surgiram os campeonatos de dança e o hóquei sobre patins. Mas foi só depois de mais um século, quando a estrutura de rodas paralelas de madeira ou aço evoluiu para a de quatro rodas em linha, de poliuretano, que a vocação radical desse esporte se revelou. Nas competições de vertical, cada atleta tem 50 segundos para fazer cerca de 20 manobras, desafiando a todo instante o perigo de beijar a rampa.

Pés turbinados

Os atletas atingem 80 quilômetros por hora

1. Foguete

Na manobra rocket, o patinador pega embalo e depois “senta” no ar, jogando as pernas esticadas para o lado. Então, com a mão direita, segura o pé direito

2. Aterrissagem

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Para voltar em pé, o atleta dobra os joelhos e fica de frente para a pista. Uma variação do rocket é o cross rocket – a diferença é que se cruzam as pernas no ar

1. De cima

No back flip (giro para trás), o atleta, embalado, joga as pernas para cima no ponto mais alto do salto, a 6 metros do chão (2 metros acima da altura da pista)

2. Cambalhota

Os joelhos ficam dobrados para melhorar a aerodinâmica. Quanto mais encolhido o atleta, mais bonita e rápida é a manobra

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Filhote do surf

O tédio dos surfistas gerou o skate

As ondas fraquinhas nas praias da Califórnia, na década de 60, deixaram muitos surfistas de mau humor. Entediados com o mar manso, eles resolveram o problema parafusando rolamentos de patins nas pranchas e andando dentro de canais vazios (daí o nome da pista: half pipe, ou meio cano). O objetivo era imitar, nas tubulações, o movimento que faziam com as ondas. Na década de 70, o skate já era um esporte oficial: o tamanho de prancha de surf diminuiu e surgiram as primeiras competições. “Apesar do risco, a sensação de conseguir fazer uma manobra é indescritível”, diz Sandro Dias, o Mineirinho, 26 anos – este cara que está voando aí nas fotos.

Sem escorregar

O mais difícil é manter o skate nos pés até voltar ao half

1. Voltinha

No flip double grab, o skatista começa pelo flip (giro): com um dos pés, chuta o skate, que roda em torno do próprio eixo

2. Firmeza

Depois vem o double grab (agarro duplo). Lá no alto, ele segura o skate com as duas mãos e o coloca nos pés

3. Perfeição

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Para que a manobra seja considerada perfeita, é preciso voltar em pé

1. Decolagem

Dado o impulso, o skatista atinge a altura de 5 metros e prepara-se para o 540 back side (para trás, de lado, em 540 graus)

2. Estrela

De costas para a beira da pista, ele vira uma estrela, segurando o skate. Se a volta ficar incompleta, o tombo é de costas. E dói

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3. Pouso

Dada a volta completa, o atleta encaixa o skate nos pés para voltar à pista sem cair

O mais perigoso

O guidão vira uma lança capaz de furar o abdome

Os bikers são os atletas que mais se machucam. Ao contrário do skate, que fica solto dos pés, não há como se livrar da bike se algo der errado – e, no tombo, ela vira uma arma que pode produzir ferimentos graves. Não é à toa que os bikers se protegem mais. Além da joelheira e da cotoveleira, eles usam uma cinta abdominal e capacete de motocross, mais seguro e resistente. Segundo o profissional André Timotezeras, o Cunhado, de 27 anos, a bike deve ser resistente para não quebrar no primeiro tombo e, ao mesmo tempo, leve para fazer manobras.

Caiu, quebrou

As manobras de bicicleta têm que ser precisas

1. Embalo

No look down (olhe para baixo), o biker pega muito impulso e salta, em pé nos pedais, sem virar a traseira da bike

2. Curva

Quando está a 2,5 metros de altura, o biker segura firme, vira bruscamente o corpo e o guidão, olhando para baixo. Tudo em três segundos

3. Vôo

O half de bike tem 3,6 metros de altura. Do chão ao ápice da manobra, a altura atingida é de quase 7 metros. Difícil é voltar à pista sem cair

1. Do início

Esta manobra é o one foot x up (xis para cima de um pé). Começa com o ciclista pegando impulso

2. Sem o pé

Lá em cima, ele tira um dos pés do pedal, esticando a perna ao máximo

3. De letra

Imediatamente ele cruza o braço em xis, virando o guidão. A manobra leva menos de quatro segundos.

4. Volta

Com os dois pés encaixados nos pedais e a bike reta, é preciso chegar à pista sem perder o equilíbrio

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