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Hubble confirma que os cosmos está se expandindo mais rápido do que se pensava

E não é pouco. Entenda melhor como isso acontece e o que isso significa em números

Por Maria Clara Rossini
26 abr 2019, 16h18

Na quarta-feira (24), o telescópio Hubble completou 29 anos e divulgou uma imagem inédita da Nebulosa Caranguejo do Sul. Mas essa não foi a única surpresa que ele trouxe. Foi publicada outra novidade: o telescópio espacial detectou que o Universo está se expandindo mais rápido do que se acreditava. Mais exatamente, 9%. Os dados foram publicados pelo Astrophysical Journal

O impacto dessa informação, porém, é bem maior do que a pequenez do número sugere. Segundo os pesquisadores, pode ser que uma nova física seja necessária para compreender o ritmo de expansão do Cosmos.

Vamos começar pelo início. No momento do Big Bang, toda a matéria do Universo estava concentrada em um ponto infinitamente pequeno e denso – numa “singularidade”, no jargão da física. O Big Bang foi a expansão desse pontinho, originando tudo que está à sua volta neste momento: esta tela, a Terra, a galáxia de Andrômeda. Essa expansão segue firme até hoje.

Acontece que o Universo não está se expandindo a uma velocidade constante. Na verdade, ele está acelerando, e ninguém sabe exatamente o por quê. As novas observações do Hubble, de qualquer forma, podem dar uma ideia do quão rápido estamos nos distanciando de nossos vizinhos cósmicos.

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Os astrônomos detectam as velocidades de expansão das galáxias medindo a variação da luz que elas emitem. Quanto mais nítidas as imagens, melhor a estimativa sobre as velocidades de afastamento. Ao obter imagens melhores de 70 estrelas da Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia vizinha à nossa, o Hubble conseguiu aferir de forma mais precisa a aceleração do Universo.

As medições do telescópio espacial indicam o seguinte: para cada 3,3 milhões de anos-luz de distância que uma galáxia qualquer está de nós, ela aparenta estar se a afastando daqui a 266 mil quilômetros por hora. Mas o que isso significa?

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Pense na galáxia M 87. É aquela cujo buraco negro no centro acabou se ganhar um retrato.  Ela está a 53 milhões de anos-luz daqui. Antes das novas observações do Hubble, a M 87 aparentava se distanciar a  3,87 milhões de km/h. Agora, sabemos que o pique real da fotogênica galáxia é um pouco maior: ela se afasta a 4,27 milhões de km/h.

Note que não se trata de uma velocidade constante. Quanto mais longe qualquer galáxia fica, mais rápido ela se afasta. Daqui a zilhões de anos, quando a M87 estiver a 1 bilhão de anos-luz, ela estará se a afastando a estonteantes 80 milhões de km/h.

Os objetos mais distantes que conseguimos observar se afastam bem mais rápido. A galáxia GN-z11, a mais 13 bilhões de anos-luz, foge da gente quase tão rápido quanto um raio laser: 99% da velocidade da luz (que, pela notação de velocidade que estamos usando neste texto, é de 1,07 bilhão de km/h). Nota: caso haja astrônomos na GN-z11, quem está se afastando à velocidade da luz somos nós.

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