Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Junho de 2019 foi o mais quente já registrado na Terra

No verão do hemisfério norte, fez impressionantes 46 °C na França. E o inverno do hemisfério sul também registrou temperaturas mais altas que o habitual.

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 22 jul 2019, 15h57 - Publicado em 22 jul 2019, 15h51

Se você teve a sensação de que o último mês de junho foi quente demais para esta época do ano, você estava certo. Levando em conta todo o planeta (continentes e oceanos), junho de 2019 foi 0,95 ºC mais quente que a média global do mês no século 20. Considerando só os registros feitos sobre as superfícies dos continentes, a situação fica um pouco pior, marcando 1,34°C acima da média.

Pode parecer pouco a olhos de leigos, mas essa “pequena” esquentada mundial fez do mês passado o junho mais quente dos últimos 140 anos de registro, de acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA). Segundo o órgão, foi a primeira metade do ano mais quente já registrada em diversos lugares do globo, como América do Sul, Nova Zelândia, Alasca, México, leste da Ásia e oceanos Atlântico e Índico.

E não dá para dizer que o aumento não foi visível: na Europa Ocidental, por exemplo, uma forte onda de calor no final do mês fez com que treze locais na França registrassem suas temperaturas mais altas da história incluindo a comuna Gallargues-le-Monstrueux, que fritou moradores e turistas marcando um pico de 45,9 ºC. Outros destaques de suor no Velho Mundo ficam com a Áustria, que registrou em junho uma temperatura média de 4,7°C acima do normal, e com a Alemanha, que marcou um pico de 39,6 °C.

Nas Américas não foi diferente: em junho, o Alasca teve seu segundo mês mais quente desde que o estado começou a manter registros em 1925. E julho promete não ficar atrás: no dia 4, pela primeira vez na história, registrou-se 32ºC em Anchorage, a maior cidade do estado. Na Argentina, a média mensal de junho ficou 1,5°C acima do habitual. No Brasil, aumentou 1,4 °C. 

O cobertor de calor do mês passado foi notório também nos polos do planeta: junho de 2019 foi o 20º mês consecutivo com cobertura de gelo abaixo da média no Ártico, e o quarto mês seguido com gelo abaixo da média na Antártida que teve a menor cobertura registrada em junho dos últimos 41 anos.

No início do mês, derretam 2 bilhões de toneladas de gelo da Groenlândia em um único dia. Apesar de a temporada de derretimento do Ártico ser um evento natural, que ocorre todos os anos (começando em junho e terminando em agosto), as taxas de pico geralmente ocorrem em julho e numa escala de perda de gelo menor. Em 2019, o derretimento começou 3 semanas antes da média, e essa perda prematura pode aumentar ainda mais as perdas dos próximos meses.

Como citado acima, em terras tupiniquins também sentimos o calorzão: São Paulo, por exemplo, marcou uma média de temperaturas mínimas de 15,3 °C, a segunda maior desde 1943. A média de temperaturas máximas também bateu recorde, chegando a 24,3°C 1,2°C acima da média histórica de junho, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia.

Esse é o 414º mês consecutivo em que as temperaturas ficaram acima da média global do século 20. Outras organizações, incluindo o Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA, a Agência Meteorológica do Japão e o Copernicus Climate Change Service da Europa, também confirmaram o calorão recorde do último junho. Não surpreende que as previsões para julho também sejam de bastante suor.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.