Edward Pimenta Jr.
Pode parecer maluquice, mas a discussão ecológica chegou à indústria das armas de fogo. Pesquisadores de um centro militar da Califórnia estão gastando uma nota para tentar substituir o chumbo utilizado na munição das armas por nanopartículas de alumínio.
É que os compostos de chumbo fazem mal à saúde dos atiradores e contaminam o solo. Pesquisas mostram que os empregados que limpam os estandes de tiro têm níveis altíssimos do metal no sangue, quase dez vezes mais do que o permitido pelas autoridades americanas de saúde. A contaminação por chumbo está associada a doenças renais, perda da memória e anemias.
O resíduo dos explosivos não polui apenas depois da detonação. Todo o material descartado por falta de uso oferece risco ao meio ambiente. Tanto que os pesquisadores se preocupam com a contaminação da vegetação e do solo dos campos militares desativados. Os resíduos de dinamite, por exemplo, podem causar danos aos lençóis freáticos, além de ser potencialmente cancerígenos.
Os fabricantes esperam colocar as balas “ecológicas” no mercado em dez anos. Assim, será possível matar inimigos em campos verdes e floridos.