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O gênio do século

Ele foi reprovado no primeiro vestibular. Einstein, autor da Teoria da Relatividade, foi o cientista mais importante de nossa época.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h54 - Publicado em 30 set 1998, 22h00

Cássio Leite Vieira

Você não dará em nada”, disse o professor de grego para o menino tímido de 8 anos. O garoto Einstein levou tanto tempo para aprender a falar que seus pais chegaram a pensar que tinha algum problema mental. Quieto, sua diversão preferida era montar castelos de cartas. Seu silêncio e sua calma só eram quebrados por acessos de raiva, que, felizmente, sumiram na adolescência. E a fama de desleixado o perseguiu até a Escola Politécnica de Zurique, na Suíça, onde entrou em 1896, depois de ser reprovado na primeira tentativa de ingresso.

Em 1900, formou-se como professor de Física. Tinha boas notas, mas estava longe de ser um modelo. Faltava às aulas, desafiava os professores e usava os cadernos dos amigos. Formado e desempregado, virou técnico de terceira classe no Escritório de Patentes de Berna. Dava aulas particulares para sobreviver. Para piorar a situação, teve uma filha antes de se casar com sua primeira mulher, Mileva Maric.

Então, em 1905, sua genialidade despontou. Em um ano, publicou seis trabalhos revolucionários. Num deles, lançou a Teoria Especial da Relatividade, demonstrando que nada no Universo pode viajar com velocidade superior à da luz (300 000 quilômetros por hora). Uma conseqüência disso é que, quanto mais rápido um corpo se move, mais lento o tempo passa em relação a ele. Outra é que, à medida que se aproxima da velocidade da luz, o corpo se contrai e sua massa aumenta. Daí, chegou à fórmula E=mc2 (onde E, energia, é igual à massa, m, multiplicada pela velocidade da luz, c, ao quadrado), com a qual indicou que uma massa pequena podia gerar uma quantidade assustadora de energia. A base da bomba atômica.

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Em 1915, já na Universidade de Berlim, concluiu a Teoria da Relatividade Geral, que substituiria a Física de Isaac Newton (1642-1727). Afirmava que o espaço era curvo, distorcido pela presença de corpos com massas enormes, como estrelas e planetas. E previa que as partículas de luz (fótons) seriam atraídas pela deformação causada no espaço pelo Sol. Um eclipse na cidade de Sobral, no Ceará, em 1920, provou que os raios de luz se entortavam ao passar perto da estrela.

Nas décadas seguintes, a Relatividade foi sendo cada vez mais usada para explicar a formação do Universo. E o físico tornou-se uma personalidade mundial. “Para punir meu desprezo pela autoridade, o destino me fez uma autoridade”, ironizou. Em 1933, fugiu do nazismo e mudou-se para o Instituto de Estudos Avançados, em Princeton, nos EUA. Nos anos 50, lutou contra a corrida armamentista. No dia 18 de abril de 1955, a ruptura de um aneurisma na aorta matou Einstein, aos 76 anos. “O mundo perdeu seu melhor homem”, escreveu uma amiga. E também ficou bem mais sem graça.

Ficha técnica

Nome

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Albert Einstein

Nascimento

14 de março de 1879, em Ulm (Alemanha)

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Morte

18 de abril de 1955, em Princeton (Estados Unidos)

Formação

Licenciatura em Física

Ocupação

Físico teórico

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Destaque

Autor da Teoria da Relatividade e descobridor da natureza atômica da luz

Eureka! Eureka! Eureka!

Um Nobel pela teoria da luz em pacotinhos

Surpresa. Einstein sempre considerou que a sua idéia mais revolucionária não era a Teoria da Relatividade, mas o fato de ter descoberto, em 1905, que a luz é formada por partículas. Seu trabalho sobre o chamado efeito fotoelétrico – processo que explica como a luz arranca elétrons dos átomos – baseou-se nas idéias lançadas, cinco anos antes, por outro físico alemão, Max Planck (1858-1947). Planck propôs que, na natureza, a energia não é absorvida ou gerada como um fluido contínuo, mas em pequenos pacotes que ele batizou de quanta (ou quantum, no singular), palavra latina que significa “quantidade”. Lançou, assim, os fundamentos da Física Quântica.

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Einstein aproveitou a teoria de Planck para afirmar que a luz também é formada por pacotes de energia. Durante anos, os físicos encararam sua idéia com resistência. Mas, em 1915, o norte-americano Robert Millikan (1868-1953) provou que esses quanta de luz – os fótons, como foram batizados depois – realmente existiam. Einstein ganhou o Nobel de Física de 1921 por seu trabalho sobre o efeito fotoelétrico. A Teoria da Relatividade, que explica o Universo, nunca ganhou um Nobel.

“Por que será que ninguém me entende e todos me adoram?”

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