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O La Niña acabou. Como o tempo vai mudar nos próximos meses?

Começa agora a fase neutra. Mas não é o que você imagina: o cenário será mais bagunçado e difícil de antecipar. Entenda.

Por Bela Lobato
14 abr 2025, 14h00

Após cinco meses influenciando o clima no Brasil e no mundo, a La Niña se despediu oficialmente. O fenômeno, que esfria as águas do Pacífico Equatorial e altera a circulação dos ventos, perdeu força em março. O seu fim foi decretado oficialmente neste mês pela NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration, a agência norte-americana que acompanha o clima e os oceanos.

Com isso, entramos na chamada fase neutra. Apesar do nome, a fase não significa que teremos um “clima neutro”, com tempo estável ou previsível. Muito pelo contrário: quando nem La Niña nem El Niño estão atuando, os meteorologistas perdem um dos seus principais guias para prever tendências de longo prazo. O resultado é um cenário mais bagunçado e difícil de antecipar.

“A previsão é que essa fase neutra continue pelos próximos meses, com mais de 50% de chance de persistir até o trimestre entre agosto e outubro”, explica o portal Climatempo. Isso quer dizer que, pelo menos até o fim do inverno, ficaremos nesse limbo meteorológico, onde as mudanças de padrão são mais sutis.

No Brasil, o La Ninã costuma favorecer estiagens no Sul do Brasil e mais chuvas no Norte e no Nordeste. Com o fim do fenômeno, esse desenho começa a se desfazer. Agora, o Sul pode oscilar entre chuva e seca, enquanto as regiões Norte e Nordeste tendem a registrar uma leve redução nas precipitações.

(Você pode entender mais detalhes sobre o fenômeno climático e o seu irmão El Niño na reportagem El Niño: o que é, por que ocorre e como o aquecimento global o torna pior.)

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“Mesmo com o fim do La Niña, é importante lembrar que outros fatores também influenciam o clima no Brasil, como o aquecimento do oceano Atlântico. Por isso, o monitoramento segue constante”, ressalta o Climatempo.

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Essa nova fase também traz uma dose de humildade para os especialistas. Mesmo com todos os dados na mesa, as previsões feitas durante essa fase do ano (a primavera do Hemisfério Norte, outono no Brasil) são notoriamente mais falhas. Esse padrão é conhecido como “barreira de previsibilidade da primavera”. Em resumo: a transição entre fases dificulta ainda mais os acertos.

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Se você estava esperando um clima previsível, melhor repensar. Por enquanto, o Pacífico parou de dar pistas claras, e o restante do planeta terá que lidar com um clima ainda mais surpreendente. Com o perdão do trocadilho, só o tempo dirá o que vem por aí.

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