Os 5 escorpiões mais peçonhentos do mundo
Nem todos os escorpiões são perigosos para humanos, mas alguns podem ser mortais, exigindo cuidados médicos imediatos. Veja os mais perigosos.

Os escorpiões não têm a melhor das famas. Esses artrópodes, da ordem Scorpiones (que reúne mais de 2 mil espécies), são aracnídeos que vivem na Terra há mais de 450 milhões de anos. Apesar de todos serem peçonhentos (o termo correto cientificamente – “venenoso” é um modo popular), só alguns podem causar problemas sérios ao ser humano. O dano, porém, é sempre fatal para suas presas.
A maioria dos humanos adultos picados sentem algo parecido com uma ferroada de abelha, ou seja, uma dor aguda, mas que não oferece perigo de morte para a grande maioria dos indivíduos. Claro: pessoas alérgicas, idosos e crianças correm mais risco. Mesmo assim, especialistas recomendam que o indivíduo que foi picado vá sempre ao hospital, por via das dúvidas.
São 30 escorpiões peçonhentos que apresentam risco à saúde humana; alguns se destacam pelo perigo.
“No Brasil, nós temos cerca de 185 espécies de escorpiões, e atualmente são quatro as espécies consideradas perigosas, que podem causar óbito”, afirma Denise Candido, bióloga no Laboratório de Artrópodes do Instituto Butantan, para o site da instituição. No mundo inteiro, esse número cresce para 25.
Aqui estão alguns:
Escorpião-amarelo-da-Palestina

De acordo com o livro Guinness de Recordes Mundiais, a medalha de ouro para o escorpião mais peçonhento vai para o Leiurus quinquestriatus, ou escorpião-amarelo-da-Palestina. Isso porque ele possui um veneno que contém cardiotoxinas e neurotoxinas potentes. A principal causa de morte de pessoas picadas por esse escorpião é o edema pulmonar.
Esse bicho pode ser encontrado em habitats desérticos e de matagal que vão do Norte da África até o Oriente Médio. Ele está presente no Saara, Deserto da Arábia, Deserto do Thar e Ásia Central, da Argélia e Mali no oeste até o Egito, Etiópia, Ásia Menor e Península Arábica, a leste até o Cazaquistão e oeste da Índia.
Se engana quem pensa que quanto maior o escorpião, mais venenoso. O número um prova o contrário: o escorpião-amarelo-da-Palestina mede aproximadamente seis centímetros.
Escorpiões do gênero Androctonus

No grego antigo, Androctonus significa “matador de homem”. O apelido carinhoso vem da peçonha carregada de neurotoxinas que esses animais têm. Eles podem atingir 10 cm de comprimento e possuem um rabo um pouco mais gordinho que os demais escorpiões.
Eles podem ser encontrados na África e no Oriente Médio.
Escorpião preto de cauda grossa

O Parabuthus transvaalicus é um escorpião que quando ataca, pica e borrifa seu veneno. O efeito da substância no sangue pode causar problemas cardíacos e nervosos. Ele é uma espécie “gigante”, podendo alcançar seus 16 cm, e também por isso é tão perigoso: sua cauda injeta quantidades maiores de veneno nas veias da vítima.
Pode ser encontrado na África do Sul, Botsuana, Moçambique e Zimbábue.
Escorpiões do gênero Tityus

É aqui que se encontram os escorpiões perigosos que vivem no Brasil. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a espécie mais peçonhenta da América Latina é o Tityus Serrulatus, ou escorpião amarelo brasileiro. Ele pode medir até 7 cm e um de seus anéis na cauda possuem dentes de serra.
Aqui, eles podem ser encontrados nos estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Outras espécies do gênero, encontradas tanto no Brasil quanto em outros países latinos, que também acendem o sinal de alerta são: Tityus bahiensis; Tityus stigmurus; Tityus obscurus ou Tityus cambridgei; e Tityus trivittatus.
Escorpião bark do Arizona

Esse é o escorpião mais venenoso da América do Norte. O Centruroides sculpturatus chega aos 8 cm e sua picada pode resultar em convulsões e paralisia de músculos caso não tratada.
Assim como muitos escorpiões, o escorpião bark do Arizona brilha quando exposto a luz negra. Por isso, muitas casas do Arizona e do Novo México adquiriram lanternas de brilho UV. Além desses dois locais, esse animal já foi encontrado no sul da Califórnia, sul de Nevada e extremo sudoeste de Utah. Além disso, são encontrados em Baja California, Sonora e Chihuahua, regiões do México.