Para navegar nas artérias
Num teste de laboratório, este minissubmarino, com menos de 1 mm de diâmetro, viaja pela corrente sangüínea de um paciente
A Medicina sonha com o dia em que poderá mexer no corpo humano sem ter de abri-lo com bisturis e outras técnicas agressivas. Essa possibilidade está muito perto de se realizar com os minissubmarinos médicos – tão pequenos que podem manobrar nos vasos sangüíneos, examinar os órgãos por dentro e detectar um tumor entre células sadias. O artefato clínico acaba de ser construído pelo laboratório alemão MicroTec. Medindo apenas 4 milímetros de comprimento por 0,6 milímetro de diâmetro, o minissubmarino tem um propulsor de verdade, usa uma microbateria elétrica como fonte de energia e coleta dados por meio de sensores químicos minúsculos, encaixados na parte externa da fuselagem. As peças foram construídas com plásticos duros, chamados polímeros, moldados por um laser de luz ultravioleta. O processo é comandado por computador com uma eficiência espantosa: depois que o projeto fica pronto, o laser monta o minissubmarino em menos de 1 hora.