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Pesquisa sugere que percepção do tempo é distorcida durante exercício físico intenso

Não é só com você: o tempo na academia realmente parece passar mais devagar. Mas há formas de atenuar essa percepção.

Por Bela Lobato
27 mar 2025, 19h00

Que atire a primeira pedra quem nunca teve que sustentar uma posição difícil na academia uma prancha, por exemplo e achou que o tempo estava passando mais devagar só para te desafiar. Um estudo sugere que esse tipo de distorção na percepção de tempo durante o exercício físico é comum.

A descoberta faz parte de um estudo de psicólogos britânicos com 33 pessoas adultas e fisicamente ativas. Eles tiveram que adivinhar, sem a ajuda de um relógio, quando um período de 30 segundos havia terminado. O teste acontecia antes, depois e durante uma prática de ciclismo em uma bicicleta ergométrica – vulgo spinning

Em repouso, os participantes pensaram que os 30 segundos tinham acabado um pouco mais tarde do que o tique-taque real do relógio. Ou seja, o tempo parecia estar voando. 

Mas quando os participantes subiram na bicicleta ergométrica para uma prática de 4 km, essa percepção ficou distorcida. Meio minuto na bicicleta pareceu, em média, 8% mais longo do que o indicado pelo relógio.

Além disso, os pesquisadores também organizaram três variações dos testes: uma em que a pessoa estava sozinha, outra em que a pessoa era acompanhada por um avatar virtual na tela da bicicleta, e a última em que os participantes foram instruídos a vencer o oponente virtual.

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Em um artigo publicado na revista especializada Brain and Behaviour, os pesquisadores descreveram que o tempo parecia correr mais devagar quando as pessoas estavam se exercitando, mas não antes ou depois. O efeito foi o mesmo em todas as tentativas sugerindo que o oponente virtual não teve impacto perceptível.

O fenômeno não tem a ver com o ciclismo especificamente, mas sim com a intensidade do exercício ou da sensação de desconforto. Embora os mecanismos não estejam claros, os pesquisadores acreditam que o exercício torna as pessoas mais conscientes das sensações corporais e dores que estão suportando, fazendo com que a duração pareça mais longa.

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“Embora o estudo atual forneça percepções novas e impactantes, é preciso trabalhar mais para desvendar a função dos estímulos externos, da intensidade e da duração do exercício na percepção do tempo durante o exercício”, escreveram. “Todos esses fatores afetam o tempo, o ritmo e a conclusão bem-sucedida de resultados ideais em todas as atividades físicas.”

Tornar o exercício mais agradável pode amenizar o efeito de que cada hora na academia vale por três. Distrações como músicas, vídeos e podcasts, companhias ou recompensas podem ajudar mas é preciso ter cautela para que não prejudiquem o desempenho físico, é claro. 

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