Clique e Assine SUPER por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Por que o tempo parece passar mais rápido conforme envelhecemos?

Um americano propôs uma nova hipótese: que o cérebro roda cada vez mais devagar com a idade. E o que está em volta, em comparação, parece acelerar.

Por A. J. Oliveira
Atualizado em 27 mar 2019, 11h52 - Publicado em 22 mar 2019, 17h53

A chuva é campeã invicta das conversas de elevador. Mas o tempo na acepção do relógio, e não do clima, não fica muito atrás. “Puxa, como o verão passou rápido”. Ou então, “daqui a pouco já é Natal”. Por que, afinal, o tempo parece passar cada vez mais rápido conforme envelhecemos? Um cientista acaba de propor uma nova explicação.

De acordo com o engenheiro mecânico Adrian Bejan, da Universidade Duke, nos EUA, “não é que as experiências fossem mais profundas ou mais significativas, é só que elas estavam sendo processadas rapidamente”.

Calma, a gente explica: a ideia é que, quando você é criança, seu cérebro gera mais imagens de uma cena por segundo do que ela gera depois de velho. Em outras palavras, conforme envelhecemos, a nossa taxa de frames por segundo diminui.

Nossos neurônios conversam entre si por meio de estímulos eletroquímicos, que passam por uma rede emaranhada de dendritos e axônios (os “rabinhos” dos neurônios). Conforme vamos envelhecendo, essas redes também amadurecem, ficam maiores e mais complexas, e decaem aos poucos.

Continua após a publicidade

Ou seja: um sinal que antes percorria uma linha reta e estável no cérebro agora dá voltas e mais voltas por uma estrada esburacada e cheia de curvas.

Esse fenômeno faz com que a taxa através da qual o cérebro adquire e processa novas imagens decaia ao longo da vida. E quanto menos imagens de alguma coisa você registra, mais rápido essa coisa parece se passar.

Continua após a publicidade

Até então, as hipóteses para explicar esse fenômeno se referiam mais ao aspecto psicológico das memórias e como o sistema nervoso as armazena. Bejan defende que o que realmente muda nossa percepção do tempo são alterações físicas que ocorrem no cérebro conforme ele envelhece.

“Os dias pareciam durar mais na sua juventude porque a mente jovem recebe mais imagens durante um dia do que a mesma mente na velhice”, resume Bejan. “A mente humana sente o tempo mudando quando a percepção das imagens muda.”

A hipótese foi publicada nesta segunda (18) no periódico European Review. É interessante saber a causa do fenômeno — mas seria ainda melhor descobrir como fazer o tempo parar de voar.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Oferta dia dos Pais

Receba a Revista impressa em casa todo mês pelo mesmo valor da assinatura digital. E ainda tenha acesso digital completo aos sites e apps de todas as marcas Abril.

OFERTA
DIA DOS PAIS

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.