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Rochas de 3,3 bilhões de anos já têm evidências de terremoto

Descoberta é mais uma evidência de que a solidificação das placas tectônicas, a formação dos primeiros corpos d'água e origem da vida foram eventos próximos na história da Terra.

Por Caio César Pereira
Atualizado em 16 mar 2024, 14h04 - Publicado em 16 mar 2024, 14h00

Estudando amostras do Cinturão de Rochas Verdes de Barberton, na África do Sul, pesquisadores da Nova Zelândia descobriram as evidências mais antigas já encontradas da ocorrência de terremotos na Terra: 3,3 bilhões de anos. Para fins de comparação, o planeta em si tem 4,5 bilhões de anos. 

Essa data coincide com as datas mais aceitas para a formação e o início da movimentação das placas tectônicas. No início, lembre-se, o planeta era uma bola de rocha incandescente. Ele precisou esfriar por algumas centenas de milhões de anos antes que a superfície se solidificasse.

Esse processo de endurecimento e estabilização da crosta em um quebra-cabeças de placas tectônicas coincidiu com a formação dos primeiros corpos d’água e com a origem da vida na Terra, por volta de 3,7 bilhões de anos atrás

O sítio geológico conhecido como Cinturão de Rochas Verdes, localizado na cadeia de montanhas Barberton Makhonjwa, é um dos complexos de rochas mais antigos do planeta: contêm materiais com idades entre 3,2 e 3,6 bilhões de anos.

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Os pesquisadores conseguiram identificar resquícios de um terremoto ancestral nessas rochas ao compará-las com rochas coletadas na Nova Zelândia que haviam passado por terremotos recentemente e tinham características parecidas.

As rochas da Nova Zelândia são oriundas de deslizamentos de terra submarinos provocados pelos tremores. Esses deslizamentos aconteceram no leito do mar pertinho da na zona de subducção de Hikurangi, no Oceano Pacifico.

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Zonas de subducção são as regiões onde uma placa tectônica desliza por baixo da outra. A placa do Pacifico está deslizando por baixo da placa Australiana, o que torna a região palco de terremotos frequentes.

Para Simon Lamb, geólogo da Universidade Victoria de Wellington, na Nova Zelândia, as rochas encontradas provavelmente não retratam uma ocorrência pontual, e sim um fenômeno habiutal na infância do planeta: “É realmente um registro de um período prolongado de tremores, e mostra que eles eram algo contínuo na Terra primitiva.”

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