Os sapos Scaphiopus hammondii, que habitam regiões áridas da Califórnia, Estados Unidos, têm uma arma única para garantir a sobrevivência: se a lagoa em que nasceram começa a secar, os girinos viram sapos mais rápido. O tempo da metamorfose fica entre 20% e 50% menor. Em laboratório, o biólogo Robert Denver, da Universidade de Michigan, conseguiu reduzir o período de desenvolvimento do hammondii de 37 dias para um mês. A chave do mistério é um hormônio apelidado CRH, gerado em situações de estresse. Ele parece estimular a secreção de outros hormônios, envolvidos no desenvolvimento não só de sapos, mas de animais em geral. “Assim, as larvas e fetos controlam seu crescimento, adaptando-se às mudanças do ambiente”, disse Denver à SUPER. “Até o feto humano, se sentir alterações no ventre materno, se prepara para deixar o útero antes do tempo, aumentando a produção de CRH.”