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Sonda da Nasa destinada a “tocar” o Sol completa um ano no espaço

Missão Parker já cumpriu duas órbitas ao redor do Sol — e coletou uma porção de fotos e dados valiosos para a ciência.

Por A. J. Oliveira
Atualizado em 13 ago 2019, 19h13 - Publicado em 13 ago 2019, 19h11
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  • Exatamente um ano atrás, nesta segunda (12), a humanidade lançava sua primeira missão para explorar uma estrela. No caso, não uma estrela qualquer — a nossa estrela, o Sol. Desde então, a Terra completou uma volta ao redor dele. Já a sonda solar Parker concluiu duas e, agora, caminha para completar a terceira, no dia 1° de setembro.

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    Ao todo, a Parker fará 24 voos rasantes pelo Sol ao longo dos próximos sete anos. Mas não será preciso esperar todo esse tempo para sentir um gostinho do que a missão promete proporcionar. Logo nas duas primeiras aproximações, chamadas de periélio, uma imensa quantidade de fotos e dados foram coletados. “Estamos muito felizes”, disse Nicky Fox, diretor da divisão de heliofísica da Nasa, em comunicado. “Conseguimos obter pelo menos duas vezes mais dados do que prevíamos para essas duas primeiras passadas.”

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    No momento, boa parte desse material está sendo processado pelo centro de controle para que seja divulgado até o final deste ano. Alguns registros, contudo, já começam a dar as caras. No dia do primeiro aniversário da sonda Parker no espaço, a agência publicou um vídeo que compila imagens coletadas entre 6 e 10 de novembro de 2018 durante o primeiro periélio da missão. Você pode vê-lo abaixo.

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    Elas mostram com uma clareza de detalhes sem precedentes o vento solar — fluxo de partículas carregadas que emanam do Sol constantemente e se espalham por todo o Sistema Solar. De quebra, no canto esquerdo das imagens aparece o planeta Mercúrio, e no direito, o centro da Via Láctea, uma região com grande densidade de estrelas.

    Quem as captou foi o WISPR, um dos quatro instrumentos a bordo da Parker, composto por dois telescópios cujo objetivo é tirar fotos. Há também o FIELDS, que mede as ondas elétricas e magnéticas que passam pela sonda, e o SWEAP conta partículas carregadas e mede suas propriedades. Por fim, temos o ISOIS, encarregado de realizar nas partículas um amplo espectro de medidas. Juntos, investigam aspectos até então desconhecidos do Sol.

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    “Os dados que estamos vendo dos instrumentos da sonda solar Parker nos mostram detalhes sobre estruturas e processos solares que nunca tínhamos visto antes”, disse um dos cientistas do projeto, Nour Raouafi, da Universidade Johns Hopkins — que construiu e opera a missão para a Nasa – à CNN. “Voar perto do Sol, um ambiente muito perigoso, é o único jeito de obter esses dados, e a espaçonave está se saindo excepcionalmente bem.”

    Vários fatores fazem da missão Parker uma empreitada especial. Além de ter sido desenhada para “tocar” o Sol, é também a primeira missão da Nasa batizada em homenagem a alguém vivo: o astrofísico Eugene Parker. Hoje com 92 anos, ele foi o primeiro a teorizar a existência do vento solar, em 1958. Antes disso, criou o campo da heliofísica. Desvendar os mistérios do Sol, definitivamente, não é de interesse puramente científico.

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    É claro que os cientistas mal podem esperar para entender melhor a física das estrelas e a coroa solar. Mas poder prever melhor as tempestades solares é de extrema urgência, já que elas podem causar grandes estragos na Terra, comprometendo o funcionamento de satélites e de redes elétricas, além de submeter passageiros de aviões e astronautas a altas doses de radiação. Nisso, a Parker promete ajudar (e muito). Há 22 sobrevoos pela frente.

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