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Terapia com luz pode ser a solução para impotência sexual

Novo estudo comprova que exposição à luz aumenta os níveis de testosterona e melhora o desempenho dos homens na cama

Por Pâmela Carbonari Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 19h01 - Publicado em 21 set 2016, 19h30

Uma descoberta da Universidade de Siena, na Itália, pode ser uma nova esperança para levantar a poeira da cama dos homens que sofrem de impotência. Cientistas comprovaram que exposição à luz melhora os níveis de testosterona e, consequentemente, melhora o desempenho sexual masculino. Muitos homens sentem o declínio da libido a partir dos 40 anos – alguns estudos estimam que um quarto deles desenvolvem problemas sexuais em alguma etapa da vida.

Os pesquisadores, liderados por Andrea Fagiolini, perceberam que a produção natural de testosterona nos homens que vivem no hemisfério Norte diminui entre os meses de novembro a abril (período que coincide com o inverno por lá) e aumenta entre a primavera e o verão. Eles defendem que essa evidência pode ser comprovada pelo fato de junho ser o mês mais fértil do ano na região, com as maiores taxas de concepção.

Para provar que a ausência de claridade realmente interfere no desejo sexual masculino, a equipe de Fagiolini realizou um experimento utilizando uma caixa que simula o efeito da luz natural, semelhante àquelas usadas em tratamentos para depressão – a caixa de luz é composta por tubos fluorescentes 10 vezes mais intensos que lâmpadas domésticas.

Os cientistas recrutaram 38 homens com problemas de falta de interesse sexual e tratou metade deles com doses altas de claridade e a outra metade com uma caixa adaptada que emite menos luz. Todas as manhãs, durante duas semanas, eles passaram 30 minutos em uma sala iluminada pelas caixas de luz. Ao fim do teste, os níveis de testosterona do grupo “solar” aumentaram de 2,1 para 3,6 nanogramas por milímetro. Eles também responderam um questionário sobre o próprio desempenho na cama e relataram estar três vezes mais satisfeitos com suas performances. Enquanto isso, entre os voluntários que foram expostos a menores quantidades luz, nada subiu.

LEIA: Há 5 vezes mais pesquisas sobre impotência do que sobre TPM​

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Uma das explicações para o sucesso do “viagra luminoso” pode estar na glândula pineal, localizada no centro do cérebro. “A terapia de luz inibe que a atuação da glândula pineal, reguladora de ciclos vitais como sono e reprodução, interfira negativamente na produção de testosterona. E isso pode significar também outros efeitos hormonais”, explica Andrea Fagiolini.

Ele destaca que o estudo ainda precisa de outras comprovações, já que a amostra de voluntários foi pequena nesta primeira etapa. Mas acredita que no futuro a terapia de luz possa ter os benefícios dos remédios tradicionais de disfunção erétil, com a vantagem de não ter os mesmos efeitos colaterais. Aos homens desiludidos, há luz no fim do túnel – e não, não é azul.

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