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Urano e Netuno podem ter composição química diferente da que se imaginava

Simulações de computador sugerem que esses gigantes gelados teriam uma grande quantidade de metano em camadas intermediárias.

Por Caio César Pereira
Atualizado em 15 abr 2024, 10h02 - Publicado em 14 abr 2024, 10h00

De todos os planetas do nosso Sistema Solar, os menos conhecidos são os mais remotos: os irmãos gelados Urano e Netuno. A distância dificulta o envio de sondas e estudos mais aprofundados sobre a composição química dessa dupla.  O único visitante terráqueo que ambos os planetas tiveram foi a sonda Voyager 2, lá em 1980.

Foi com os dados obtidos pelo programa Voyager, somados com informações obtidas por telescópios aqui na superfície da Terra, que os astrônomos daquela época conseguiram especular sobre a composição química dos dois gigantes gasosos. 

De acordo com esses modelos mais antigos, os planetas são formados por uma camada externa de hidrogênio e hélio, com outra camada de amônia e água congelada por baixo (algumas estimativas indicam que ambos tenham até 50 mil vezes o volume dos oceanos da Terra). 

O problema é que esses modelos não levam em consideração a formação dos planetas. Durante esse processo, Urano e Netuno incorporaram vários objetos presentes na nuvem de poeira que cercava o jovem Sol no começo da formação do Sistema Solar.

Dentre esses elementos, estavam nacos de material que os astrônomos chamam de planetesimais: pedregulhos gigantes que se formaram no Cinturão de Kuiper, nos confins do nosso Sistema.

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Esses pedregulhos são ricos em carbono e um pouco pobres em gelo, e é justamente aí que está o problema. Os pesquisadores se perguntavam como planetas com a quantidade de água presente em Urano e Netuno poderiam ter se formado usando como matéria-prima objetos com pouco H2O.

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Para resolver essa questão, um grupo de astrônomos liderados por Uri Malamud do Instituto de Tecnologia de Israel construiu diversos modelos de computador simulando a formação dos gigantes gelados, e testou diversas composições químicas diferentes. A conclusão foi que uma pitada metano ajudava a simulação a se aproximr das características dos dois planetas.

Esse gás de efeito estufa, em sua forma congelada, formaria uma camada espessa entre o envelope de hidrogênio-hélio e a camada de água, e, em alguns modelos, poderia representar até 10% da massa dos planetas.

O estudo, publicado preliminarmente no arXiv, ainda não foi revisado por pares, mas ele pode ter dado uma contribuição importante à questão de como Urano e Netuno se formaram. Para confirmar essas especulações, porém, serão necessárias missões espaciais não tripuladas aos planetas, que já estão no radar da NASA para o futuro.

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