Por Marina Demartini, de EXAME.com
As primeiras imagens feitas de explosões atômicas revelaram uma nuvem de fumaça e radioatividade no formato de um cogumelo. No entanto, nuvens de cogumelo não são formadas no espaço após uma explosão atômica. Nós sabemos disso, porque testes já foram feitos.
No dia 9 de julho de 1962, no Havaí, os EUA carregaram um avião do tipo B-52 com uma arma nuclear. Apelidada de Starfish Prime, a bomba foi lançada a mais de 386 mil metros do céu. Ela tinha um rendimento explosivo de 1,45 megaton. Era cerca de 100 vezes mais forte do que a bomba jogada sobre Hiroshima.
A explosão “controlada” foi um dos cinco testes suborbitais realizados pelos EUA durante a Guerra Fria. Uma vez detonadas, as ogivas não só geravam calor e luz, mas também uma incrível quantidade de raios x e raios gama.
Efeitos da explosão foram sentidos a milhares de quilômetros de distância. Aviões tiveram surtos elétricos, lampadas explodiram e uma aurora gigante floresceu no céu. Um campo eletromagnético foi criado acima da Terra.
Os testes atmosféricos pararam de ser feitos em 1963, quando o presidente norte-americano John Kennedy assinou o Tratado de Proibição Total de Ensaios. No entanto, as imagens desses ensaios ainda podem ser vistas na internet.
O vídeo abaixo (em inglês) é parte de um documentário, que mostra cenas dos testes nucleares durante a Guerra Fria. Ele mostra como é uma explosão nuclear no espaço.