As doenças coronarianas maior causa de mortes nos paises desenvolvidos podem estar intimamente ligadas a herpes. A surpreendente afirmação é do bioquímico David Hajjar, da Universidade Cornell, de Nova York, Estados unidos. As experiências conduzidas por ele levam a crer que um dos sete tipos de herpes conhecido, o Simplex Tipo 1, Promova a aterosclerose o acúmulo de placas de gordura e colesterol nas paredes das artérias. Pior ainda: é possível que o vírus sirva também como uma espécie de gatilho para a formação dos coágulos sangüíneos.
para chegar a tal suspeita, o Bioquímico analisou as atividades moleculares detonadas pelo vírus nas células do endotélio, tecidos que recobre o interior dos vasos sangüíneos. Quando entra nessas células, o vírus estimula a produção de receptores que passam a capturar as proteínas dispersas no sangue. Elas se acumulam nas paredes do vaso, reduzindo o seu diâmetro e aumentando a possibilidade de obstrução. Ao mesmo tempo, uma glicoproteína dispara o mecanismo produtor de enzimas trombina, ao se ligar à célula infectada. A trombina forma uma espécie de rede, que aglomera glóbulos vermelhos, causando coágulos. O vírus de herpes é o elo perdido entre a formação de coágulos e a aterosclerose , diz Hajjar, embora suas afirmações não contem ainda com o respaldo de outros pesquisadores.