Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Vulcões: Vigilância total

Dia e noite, os cientistas monitoram os vulcões em busca de sinais indicadores da tragédia.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h53 - Publicado em 31 ago 1999, 22h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Claudio Angelo

    Publicidade

    O passatempo favorito dos 5 000 habitantes da Ilha de Montserrat, colônia britânica no Caribe, é ouvir a rádio ZTB. Mas não é em reggae que eles estão interessados. A estação transmite, de hora em hora, boletins com informações sobre a quantas anda a atividade do Monte Soufrière. Em junho 1997, uma erupção forçou o abandono da ilha. A capital, Plymouth, foi completamente destruída. Quem já voltou fica o tempo todo de olho na montanha.

    Publicidade

    Tanta precaução tem motivo. É impossível prever com exatidão quando um vulcão vai explodir. Tudo o que se pode fazer é auscultá-lo em busca de sinais de que uma erupção está a caminho. Entre as pistas estão os terremotos, as avalanches e a emissão de gases, que mudam a composição química do ar e da água nas imediações. Com técnicas modernas, os cientistas medem esses sinais e estimam qual é a probabilidade de um cataclismo. “Mas não há uma fórmula simples, assim como não dá para dizer com certeza que você vai ter um ataque cardíaco só porque a sua pressão arterial subiu”, compara Terry Gerlach, do Serviço Geológico dos Estados Unidos. Apesar das dificuldades, as previsões estão mais certeiras a cada dia – e são feitas com uma antecedência cada vez maior. Em abril de 1991, cientistas filipinos perceberam sinais de atividade no Pinatubo, na Ilha de Luzon, e começaram a ordenar a evacuação dos arredores do vulcão. No dia 15 de junho, a hecatombe aconteceu. Foi a erupção mais violenta dos últimos 75 anos. O alerta salvou 20 000 moradores.

    Quem sabe é super

    A erupção do Krakatoa, em 1883, liberou uma energia equivalente à explosão de 5 000 bombas atômicas.

    Publicidade

    Aparência enganadora

    Em julho de 1976, o Soufrière, da ilha caribenha de Guadalupe – não confundir com o homônimo de Montserrat –, começou a dar sinais de atividade. Com medo de uma tragédia parecida com a de 1902, quando o Monte Pelée causou 29 000 mortes na Martinica, o governo mandou evacuar 75 000 moradores. A operação custou 900 milhões de reais e nada de erupção. Era alarme falso. Quatro anos depois, em 1980, ninguém deu bola quando o Monte Santa Helena, nos Estados Unidos, começou a acordar. Dessa vez, era pra valer. O vulcão explodiu, fazendo 57 vítimas fatais.

    De olho no bicho

    As técnicas dos vulcanólogos para prever as explosões.

    O gás aumenta

    Publicidade

     

    Um vulcão prestes a explodir libera 1 tonelada de dióxido de carbono e 10 toneladas de dióxido de enxofre por dia. Um aparelho chamado espectrômetro de correlação é usado para calcular a quantidade dessas substâncias na boca do vulcão.

    Publicidade

     

    Mudança no relevo

    Publicidade

    Quando o magma sobe, a pressão dos gases sobre as rochas provoca terremotos e deforma o terreno. Para checar se a deformação está aumentando, os cientistas fixam um refletor de laser em um ponto da encosta e calculam o tempo que um raio, emitido por um aparelho chamado EDM, leva para chegar até lá e voltar. Se o tempo aumenta ou diminui, é sinal de que o terreno está se mexendo – erupção à vista.

    Continua após a publicidade

     

    Ouvindo a avalanche

    Os lahares, as avalanches de lama e pedras, acontecem quando o calor derrete a neve do cume do vulcão. Para detectá-los antes que eles atinjam cidades, cientistas americanos criaram um sismógrafo especial, o AFM, que só capta a freqüência sonora dessas torrentes.

     

    Aviso do céu

    Continua após a publicidade

    Hoje em dia até os satélites são usados como bola de cristal pelos vulcanólogos. Eles detectam o aumento de calor e da quantidade de gases tóxicos na cratera. Comparando a mudança das cores nas fotografias de satélite, é possível saber se a atividade vulcânica está aumentando.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.