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Por Bruno Garattoni
Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.
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Desktop ergonômico é bom, mas requer adaptação

Teclado e mouse de formato esquisito prometem e entregam conforto, mas também têm seus poréns; leia review 

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Atualizado em 7 abr 2024, 13h05 - Publicado em 6 abr 2024, 10h00

Teclado e mouse de formato esquisito prometem e entregam conforto, mas também têm seus poréns; leia review 

O teclado Wave Keys e o mouse Lift, ambos da Logitech, chamam a atenção pela aparência: são bem diferentes dos modelos tradicionais. O Wave tem as teclas dispostas num padrão ondulado, e vem com apoio de punho integrado (mesmo: não é destacável). Já o Lift é um mouse vertical, que você segura com a mão nesse ângulo – como ao cumprimentar alguém.  

Passei 15 dias testando os dois. Comecei pelo Lift, cuja sensação inicial é de estranhamento. Você mexe mais o braço, e menos o pulso, para movimentá-lo – a ideia é justamente essa. Mas isso significa que é preciso aprender novas “memórias musculares”; um pouco como usar um mouse pela primeira vez. 

Passa rápido. Depois de meia hora, eu já estava acostumado; após uma hora, trabalhando com desenvoltura. É um mouse pesado (com a pilha, AA, ele tem 130 g), mas você não sente tanto isso – o ângulo da pegada faz com que ele pareça mais leve do que outros ratos de peso equivalente (como meu mouse habitual, o Logitech M720 Triathlon, de 133 g). 

mouse-logitech
(Logitech/Divulgação)

Por outro lado, o Lift é mais lento do que um mouse tradicional. Você demora mais tempo para levar o cursor de um ponto a outro da tela. Não adianta aumentar a velocidade do ponteiro no Windows, nem usar mousepad de alumínio; ele é naturalmente mais lento, porque o corpo leva mais tempo para mover o antebraço do que a mão.

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No dia seguinte, incorporei o teclado Wave Keys à minha rotina de trabalho. Ele tem teclas anguladas para forçar você a ficar com as mãos nas posições naturais, corretas (os teclados convencionais, com suas fileiras retas, exigem a torção dos punhos). Isso, mais o descanso de punho, proporcionam uma sensação imediata de relaxamento. 

Mas, para que ela se mantenha, você precisa ficar com as mãos paradas e apoiadas (não pode levantá-las e deslocá-las no ar durante a digitação, como nos teclados comuns). E isso não é tão fácil quanto parece: exige que você reaprenda a digitar, e use todos os dedos das duas mãos, inclusive os mindinhos e os polegares. 

Com o passar dos dias, eu consegui fazer isso. Tive de ficar me policiando para manter as mãos apoiadas e paradas (se você não fizer isso, o Wave Keys vira um teclado comum, só que “torto”). Mas beleza. 

O principal problema é que o Wave Keys é um teclado de membrana. E eu estou acostumado com outros tipos: meu teclado habitual é um Logitech MX Keys Mini, com teclas do tipo “tesoura”, que ocasionalmente alterno com um teclado mecânico (Logitech K835 TKL). 

E tanto as teclas do tipo tesoura (que têm uma peça de metal sob cada tecla) quanto as mecânicas (que têm molas) são muito mais precisas e agradáveis ao tato. Depois que você se acostuma com esses teclados desses tipos, fica muito difícil voltar para um de membrana – como o Wave Keys. É uma pena que suas teclas não sejam, pelo menos, do tipo tesoura (talvez as ondulações do teclado dificultem isso).

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Por isso, ao final do período de teste, acabei voltando para meu mouse e teclado normais. Senti alguma falta do conforto proporcionado pelos modelos ergonômicos, mas não muito – e ganhei velocidade e precisão.

Vale destacar um ponto: apesar de escrever muito, não tenho LER, tendinite ou outros problemas de saúde derivados. Para quem tem, o teclado e o mouse ergonômicos podem valer a pena. Mas é algo bem pessoal, cada corpo é diferente.

Então, se você estiver pensando em comprar o Wave Keys (R$ 480) ou o Lift (R$ 380), talvez o único caminho seja fazer isso e experimentar na prática – se você não gostar ou não se adaptar, o Código de Defesa do Consumidor permite a devolução de qualquer compra online em até 7 dias.

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