Relâmpago: Revista em casa a partir de 9,90
Imagem Blog

Bruno Garattoni

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.

Se o Butantan já faz a Coronavac, por que irá produzir a Butanvac?

Nova vacina usa uma tecnologia que o instituto já domina, e por isso produção 100% nacional pode começar antes; entenda diferenças entre os dois imunizantes 

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 6 set 2024, 09h33 - Publicado em 28 abr 2021, 18h04

Nova vacina usa uma tecnologia que o instituto já domina, e por isso produção 100% nacional pode começar antes; entenda diferenças entre os dois imunizantes 

O Butantan anunciou que está começando, hoje (28), a produção da Butanvac: uma nova vacina contra o coronavírus, que foi desenvolvida pelo instituto em parceria com o hospital Mount Sinai, um dos mais importantes dos EUA. A Anvisa ainda não liberou o início dos testes clínicos da Butanvac. Se passar nos testes e tiver o uso emergencial autorizado, ela poderá ser produzida em larga escala já a partir de junho – com 18 milhões de doses, segundo o Butantan, prontas até a metade do mês.   

Essa é a principal diferença da Butanvac em relação à Coronavac, que o instituto já produz. A Coronavac é uma vacina de vírus inativado. Esse é seu principal componente, ou ingrediente farmacêutico ativo (IFA). O problema e que ele é importado da Sinovac, na China. O Brasil fica dependente das remessas de IFA, o que desacelera o ritmo de produção e aplicação da vacina no País. O Butantan pretende produzir também o IFA, e está construindo uma fábrica para isso, mas ela só começará a operar em 2022. 

A Butanvac é diferente. Assim como as vacinas de Oxford/AstraZeneca e da Johnson & Johnson, ela usa a tecnologia de vetor viral, ou seja, contém um vírus inofensivo – que é modificado em laboratório e carrega instruções genéticas para ensinar o corpo humano a fabricar a proteína spike (com isso, a pessoa vacinada desenvolve imunidade ao Sars-CoV-2).  

O vetor viral utilizado pela Butanvac é o vírus da Doença de Newcastle, que não acomete seres humanos – mas afeta aves. Esse é o ponto central. Como esse vírus infecta aves, pode ser fabricado inoculando ovos: um processo que o Butantan já domina, e é usado para fazer a vacina da gripe comum. O vírus é injetado nos ovos, se multiplica dentro deles e então é extraído para fazer a vacina.

É por isso que a Butanvac (caso ela se mostre segura e eficaz nos testes clínicos) poderá ser produzida mais rápido que a Coronavac, que é feita em bio-reatores – grandes tanques cheios de células, nutrientes e, no caso da vacina, vírus.  Segundo o Butantan, os dois projetos correrão paralelamente; um não substitui o outro.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.