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Bruno Garattoni

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Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.

Smartphone chinês traz bateria de 7.000 miliamperes e IA integrada ao sistema operacional

AI Planner, destaque do Realme GT 7, consegue ler o que está sendo exibido na tela do aparelho; bateria de silício-carbono alcança capacidade 40% superior

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Atualizado em 27 Maio 2025, 07h12 - Publicado em 27 Maio 2025, 06h30

PARIS – Em um evento com 300 jornalistas e criadores de conteúdo do mundo todo, a empresa chinesa Realme apresentou sua nova linha de smartphones, com os modelos GT 7 e GT 7T – que trazem como destaques a bateria de silício-carbono, com 7.000 mAh de capacidade, CPUs de alta performance e recursos de IA integrados ao sistema operacional. 

A Realme foi fundada em 2018, como uma marca da chinesa Oppo (atualmente a quinta maior fabricante de smartphones do mundo, com 22,7 milhões de unidades vendidas no primeiro trimestre de 2025, segundo dados da consultoria asiática Canalys). Hoje, as duas empresas são independentes. No final de 2023, a Realme alcançou a marca de 200 milhões de smartphones vendidos desde sua criação.     

A Realme se refere aos GT 7 e GT 7T como flagship killers – porque, segundo ela, ambos oferecem características equivalentes às dos flagships (aparelhos topo de linha) de outras marcas, mas com preço menor – e, em alguns pontos, especificações superiores. 

Ambos os modelos têm baterias com capacidade de 7.000 miliamperes/hora (mAh). É bem mais do que os concorrentes. O Galaxy S25 Ultra, da Samsung, tem 5.000 mAh; o iPhone 16 Pro Max, 4.685 mAh. 

Apesar das baterias bem grandes, os novos modelos não são pesados: o Realme GT 7 tem 206 g, e seu irmão tem 202 g. É menos do que o Galaxy S25 Ultra (que pesa 218 g) ou o iPhone 16 Pro Max (227 g). 

Isso é possível porque os Realme usam baterias de silício-carbono, uma nova tecnologia que vem sendo adotada pelas marcas chinesas de smartphones e proporciona maior densidade energética. 7.000 mAh são o suficiente para dois dias inteiros de uso moderado dos aparelhos (ou para um dia de uso extremo, sem preocupações com a bateria).

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smartphone-realme
(Realme/Divulgação)

 

Os aparelhos vêm de fábrica com um carregador de 120 watts, capaz de preencher a bateria em aproximadamente 40 minutos. Ele é bem mais potente do que os carregadores comuns, que trabalham entre 15 e 20 W.

O GT 7 utiliza o novo processador Dimensity 9400e, da empresa chinesa Mediatek. Segundo a Realme, o chip alcança 2,45 milhões de pontos no benchmark (teste de performance) AnTuTu. Esse desempenho, bastante alto, o coloca entre o Snapdragon 8 Gen 3 e o Snapdragon 8 Gen 4, da Qualcomm.   

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O Realme GT 7 tem tela OLED de 6,78″ (com resolução de 2.780×1.264 e densidade de 450 ppi), três câmeras traseiras (a principal tem 50 megapixels, e usa o sensor Sony IMX906), 12 GB de memória RAM e 512 GB de espaço de armazenamento. 

A parte de trás do aparelho é feita de uma liga de fibra de vidro com grafeno – material que dissipa melhor o calor do que o vidro comum, usado na maioria dos smartphones. Segundo a Realme, isso reduz em até 6 graus a temperatura do aparelho em situações de alta carga da CPU. 

O GT 7 será vendido na Europa por 699 euros. É bem menos do que o Galaxy S25 Ultra (cuja versão de 512 GB custa 1.050 euros) e o iPhone 16 Pro Max (1.400 euros). 

Também haverá uma edição especial do aparelho, a GT 7 Dream Edition, com as cores da equipe de Fórmula 1 Aston Martin (899 euros). 

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O GT 7T tem a tela praticamente idêntica à do irmão. A quantidade de RAM, 12 GB, e o armazenamento (512 GB) também são iguais. As diferenças estão na CPU, que é uma Mediatek Dimensity 8400, e no sensor da câmera principal (que tem 50 megapixels de resolução, mas é um Sony IMX896, um degrau abaixo do 906). Em compensação, o GT 7T custa um pouco menos: 599 euros. 

Tanto o GT 7 quanto o GT 7T também têm versões com 256 GB de armazenamento (elas custam 50 euros menos do que as versões de 512 GB). 

Os novos smartphones vêm com o Android 15, rodando a interface Realme UI 6.0, que traz alguns recursos próprios de inteligência artificial. O mais interessante é o AI Planner, que adiciona automaticamente compromissos à sua agenda. 

Quando você recebe um email ou mensagem do WhatsApp sobre um almoço ou reunião, por exemplo, basta dar dois tapinhas com o dedo na parte de trás do smartphone para acionar o AI Planner – ele lê o que está na tela, identifica os compromissos e seus horários, e os inclui no seu Google Calendar. 

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O iOS 18 já oferece um recurso similar, mas o AI Planner é ligeiramente mais inteligente: se a mensagem listar vários compromissos, ele consegue identificar e separar automaticamente cada um deles (no iOS, você precisa ir clicando em um por um). Segundo a Realme, o AI Planner roda nos datacenters do Google, usando o algoritmo de IA Gemini. 

O AI Planner é interessante, mas ainda tem um ponto a melhorar. Nos nossos primeiros testes, o GT 7 nem sempre reconheceu os dois tapinhas. Mas você acaba pegando o jeito (o segredo é bater numa região específica do aparelho, ao lado das câmeras).  

O principal problema é que a análise das informações exibidas na tela levou até 15 segundos, bem mais do que seria desejável (ela é feita na nuvem, e requer conexão à internet).  Leia o teste do GT 7 e de outros smartphones na reportagem Os flagships chineses, na edição de junho da Super.  

As datas de lançamento e os preços do Realme GT 7 e do GT 7T no Brasil ainda não foram divulgados. Em abril, a empresa chinesa anunciou a abertura de uma linha de produção no País – ela fica na Digitron, tradicional fábrica da Zona Franca de Manaus.

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A montagem dos aparelhos da marca no Brasil (algo que Samsung, Apple e Motorola já fazem) deverá reduzir seu custo, melhorando a competitividade dos modelos no mercado nacional.  

A empresa também mostrou uma nova versão dos fones de ouvido Realme Buds, que prometem 53 dB de redução de ruído e vêm com a função AI Live Translator (ela traduz o que a outra pessoa está falando). Vão custar 139 euros.

O jornalista viajou a convite da Realme. 

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