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O que o Google quer ao anunciar sua entrada no mundo dos videogames?

Por Lucas Massao
Atualizado em 4 set 2024, 15h35 - Publicado em 4 jul 2018, 13h17

Na última semana, o mundo dos jogos se deparou com duas notícias que podem dar sinais sobre o futuro. A primeira era de que a Telltale Games, conhecida por seu trabalho em jogos das franquias The Walking Dead, firmou parceria com a Netflix para levar o game Minecraft: Story Mode para a plataforma como seu primeiro título jogável.

A segunda, trazida pelo site especializado Kotaku, garante que o Google estaria trabalhando em uma plataforma de jogos capaz de encarar o Xbox e o Playstation. A entrada do Google, que conta com vastos recursos, no cenário milionário dos jogos seria feita em três partes: uma espécie de plataforma de streaming, de forma similar à Netflix, seguido pelo lançamento de um console físico, e uma tentativa de trazer desenvolvedores sob o guarda-chuva da companhia por meio de recrutamento ou aquisições.

Essa não é a primeira vez que circulam boatos sobre uma possível participação do Google em games. Em 2014, a companhia teria tentado adquirir a plataforma de transmissões Twitch.tv antes da Amazon, que fechou o negócio por US$ 970 milhões. Em 2016, a Niantic, que cresceu dentro de uma incubadora criada pelo Google, emplacou um dos maiores hits da década: Pokémon GO. Outra prova de que a empresa colocou os jogos de vez em sua mira foi a contratação de Phil Harrison, executivo veterano do segmento que já ocupou cargos de chefia tanto na divisão de Playstation, da Sony, quanto na do Xbox, da Microsoft.

Segundo relatos, representantes do Google se encontraram com grandes empresas de jogos durante a feira de desenvolvedores Game Developers Conference, realizada em março, nos Estados Unidos, para medir o interesse em uma possível plataforma de streaming de games, batizada com o codinome Yeti.

Como funcionaria esse serviço? Teoricamente, ele poderia deixar o processamento necessário para rodar os títulos em servidores da companhia, permitindo que até quem não tenha os computadores mais potentes pudesse jogar games considerados “pesados” para os padrões atuais, aumentando a base de consumidores. A integração com outros produtos do Google, característica que é marca da empresa, também estaria presente.

Durante uma aventura por Dark Souls, por exemplo, poderia ser possível apertar um único botão e abrir uma janela no YouTube, que exibiria tutoriais ensinando a derrotar um chefão ou passar por uma parte difícil. Algo muito mais cômodo do que procurar no celular ou no computador enquanto o videogame ainda está ligado.

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