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Estudos científicos e reflexões filosóficas para ajudar você a entender um pouco melhor os outros e a si mesmo. Por Ana Prado

Facebook pode ser ruim para quem tem autoestima baixa

Por Ana Carolina Prado
Atualizado em 21 dez 2016, 09h48 - Publicado em 8 fev 2012, 00h58

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Você compartilha suas fotos e suas opiniões com amigos e conhecidos no Facebook, consegue se aproximar mais de pessoas com quem não tem muito contato na vida real e fala só sobre os seus melhores atributos. Em compensação, recebe dezenas de likes e comentários de incentivo. Pensando assim, seria lógico dizer que esta troca ajuda pessoas com problemas de autoestima. Ok, talvez o fato de o Facebook não ter um botão de “não curtir” ajude. Mas isso realmente funciona para melhorar a autoavaliação de muita gente. Um estudo da Universidade de Cornell (EUA) feito com 63 estudantes no começo do ano passado descobriu que os que passaram três minutos checando seu perfil revelaram maior autoestima do que quem não acessou a rede social.

Mas nem tudo são flores. Agora, pesquisadores da Universidade de Waterloo (Canadá), publicaram um estudo sugerindo que esse efeito positivo não ocorre com as pessoas que têm autoimagem negativa. Na verdade, a rede social pode até piorar as coisas.

O problema é que, ao se sentirem mais confortáveis em compartilhar sentimentos e ideias online, essas pessoas podem errar um pouco a dose e inundar os amigos com comentários negativos e pessimistas sobre sua própria vida. Isso, no fim, acaba fazendo com que eles se tornem irritantes e os outros se afastem.

Para o estudo, os pesquisadores perguntaram a voluntários como eles se sentiam em relação ao Facebook. Pessoas com baixa autoestima tendiam a acreditar que ele fornecia a oportunidade de se conectar com outras pessoas e viam a rede social como um lugar seguro que reduzia o desconforto de algumas situações sociais. Depois, seus últimos 10 posts foram analisados e classificados em relação a quão positivos ou negativos eram. Em seguida, cada conjunto de posts foi analisado por um outro voluntário, que teve de classificar o quanto gostaram da pessoa que os escreveu.

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Quem tinha baixa autoestima postou comentários mais negativos (como “tou super chateado porque roubaram meu celular :@”) e receberam avaliações mais negativas. Você pode pensar: “mas os avaliadores eram desconhecidos, por isso foram insensíveis!”. É verdade, mas isso não é muito diferente muito do que vamos encontrar no Facebook. Outro estudo conduzido anteriormente pela mesma equipe já havia revelado que quase metade dos nossos amigos na rede social são na verdade estranhos ou meros conhecidos.

Para os pesquisadores, sentir-se seguro ao fazer revelações pessoais no Facebook pode não ser bom para essas pessoas. Segundo eles, quando você está falando com um conhecido pessoalmente fica mais fácil perceber o que o aborrece. No Facebook, por outro lado, você não vê a maioria das reações – em especial as negativas, que a maioria das pessoas parece guardar para si. Portanto, tome cuidado ao ficar xingando muito nas redes sociais. Você pode estar sendo um mala sem perceber.

 

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Via MedicalXpress

Imagem: Flickr de ercwttmn

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