Antes incólumes, os cangurus entraram na lista de animais que podem intensificar o efeito estufa através de seus peidos. Uma pesquisa, publicada no Journal of Experimental Biology, revelou que marsupiais não possuem bactérias especiais, supostamente capazes de diminuir a quantidade de metano emitida, em seu sistema digestivo.
Adam Munn, cientista australiano da Universidade de Wollongong, responsável por desmistificar as flatulências, declarou. “A ideia de que os cangurus possuem micróbios especiais em seus intestinos vem circulando por muito tempo. Vários recursos já foram destinados a pesquisas que buscaram comprovar a teoria”.
Para medir o volume de metano que sai dos bumbuns dos bichos, alguns espécimes foram colocados em ambientes individuais e alimentados com dois tipos de dieta: uma com alfafa à vontade e outra em quantidades controladas. Os resultados mostraram que, comparativamente, as vacas ainda produzem muito mais metano, mas levando em conta a proporção de alimento consumido, os dois animais soltam quantidades parecidas.
Outro ponto interessante do estudo revelou que os bichos puladores emitem mais metano quando a sua comida demora mais para ser digerida. Assim, se as vacas processassem a grama mais rapidamente, soltariam menos gases. Então, uma solução para diminuir os danos causados à camada de ozônio seria gerar bovinos com capacidades digestivas mais aceleradas.
Com Washington Post