Visto de cima e em câmera lenta: o jeito Wes Anderson de filmar

Estreia esta semana nos cinemas europeus e norte-americanos The Grand Budapest Hotel, oitavo longa metragem de Wes Anderson, diretor de filmes queridinhos dos cinéfilos como Rushmore (1998), Os Excêntricos Tenenbaums (2001) e, mais recentemente, Moonrise Kingdom (2012). No Brasil, vamos ter que esperar um pouco mais para conhecer Gustave H, porteiro do hotel europeu que dá título ao filme, e o seu amigo Zero Moustafa, dupla que se envolve no roubo (e na recuperação) de um valioso quadro renascentista. Por aqui, o longa tem estreia prevista para o dia 3 de abril – confira o trailer abaixo:
Se esta é a primeira vez que você esbarra nas cores e personagens peculiares que fazem da obra de Anderson tão singular pode até estranhar um pouco. Mas vale se deixar levar pelo diretor. Para além do estilo que salta aos olhos, os universos criados pelo artista são também repletos de sutilezas. Em uma entrevista à Vanity Fair, o cineasta declarou: “Este é o tipo de filme que eu gosto de fazer, em que há uma realidade inventada e a audiência é levada para um lugar em que, espero, nunca esteve antes. Detalhes – é disso que o mundo é feito”.
E parte da impressão digital que Anderson deixa em seus filmes está na câmera. No vídeo Wes Anderson // From Above, o videomaker koganada reuniu as diversas tomadas aéreas que, vira e mexe, aparecem na obra do diretor e ajudam a dar forma à atmosfera leve, jovial e levemente excêntrica que envolve seus filmes. Assista abaixo:
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Mais recentemente, foi a vez do artista Alejandro Prullansky lançar um olhar sob outra das assinaturas de Anderson – as tomadas em câmera lenta. Muito diferentes das cenas em slow motion que lotam filmes de ação de Zack Snyder, sob comando de Wes o tempo estendido marca momentos bem menos explosivos:
[vimeo 83728153 w=474 h=267]
Enquanto abril não chega, aproveite para revisitar os filmes e redescobrir estes e outros detalhes que ajudam a construir os mundos de Wes Anderson.