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Como nós sabemos em que época viveram animais e plantas fossilizados?

Graças a uma técnica chamada datação radiométrica – que vai até fazer você gostar mais de química do Ensino Médio.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 16 ago 2022, 13h38 - Publicado em 16 jul 2020, 13h18
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  • Graças a uma técnica chamada datação radiométrica. Vamos entendê-la. 

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    Muitas rochas na natureza contêm alguns poucos átomos radioativos. E os físicos sabem, por exemplo, que leva 1,26 bilhão de anos para metade de uma amostra de potássio-40 (que é um átomo radioativo) decair para argônio-40 (que é estável). 

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    Assim, se uma rocha contém um átomo de potássio-40 para cada átomo de argônio- 40 – metade de cada um –, é porque aquela rocha tem 1,26 bilhão de anos.

    Por “decair”, entenda: um átomo radioativo é um átomo com um número de nêutrons e prótons que torna seu núcleo instável. O átomo libera radiação quando altera sua configuração interna para alcançar um estado mais estável. Nesse processo, caso haja uma mudança no número de prótons, o átomo passa a pertencer a outro elemento da tabela periódica. Nesse caso, potássio vira argônio. 

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    Todo átomo radioativo deseja “se aliviar”. Mas cada um leva um tempo diferente até que metade de sua amostra decaia para um átomo não radioativo (esse número é chamado meia-vida): o urânio 238 leva 4,5 bilhões de anos. Já o carbono-14 – sim, alguns carbonos são radioativos –, apenas 5,7 mil anos. 

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    Usando átomos com diversas meias-vidas, é possível determinar a data de rochas e fósseis de várias épocas.

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    Muito antes do desenvolvimento da teoria atômica e dos métodos de datação modernos, os geólogos e paleontólogos da era de Lamarck e Darwin já sabiam a ordem em que os animais e plantas fossilizados haviam vivido. É só seguir uma lógica simples, enunciada pelo dinamarquês Nicolas Steno ainda no século 17: quanto mais funda uma rocha, mais antiga ela é.

    Assim, muito antes de sabermos que os dinossauros, por exemplo, viveram entre 250 milhões e 65 milhões de anos atrás, nós já sabíamos que eles haviam vivido antes dos primeiros mamíferos de grande porte. A razão é que os répteis eram sempre encontrados em estratos de rocha mais antigos. Conhecia-se a ordem, mas não as datas absolutas.

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    Por fim, há um obstáculo ao método. Para entendê-lo, precisamos antes de uma explicação simplificada: a grande maioria dos fósseis se forma em rochas sedimentares – rochas que se formam graças ao acúmulo de pó e fragmentos acumulados em locais baixos ao longo de milhares de anos. Às vezes, um animal ou planta fica preso na mistura e seus ossos (ou com sorte, tecidos moles) acabam mineralizando.

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    Os átomos radioativos confiáveis, por sua vez, são encontrados em rochas magmáticas, de origem vulcânica, que se formam por meio do resfriamento de lava na superfície terrestre e obviamente não preservam resquícios de seres vivos do passado.

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    Isso acontece porque, nas rochas magmáticas, o relógio radioativo é “zerado” – enquanto os átomos radioativos presentes nas rochas sedimentares provém de outras rochas, mais antigas, e portanto não são confiáveis. Assim, para datar um fóssil em rocha sedimentar, é preciso usar de referência as rochas magmáticas próximas.

    #OráculoSuper

    Pergunta de @alefpbraz, via Instagram

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