Como são criadas novas regras gramaticais e ortográficas?

Como são criadas novas regras gramaticais e ortográficas?
Maria Diniz Costa, Brasília, DF

Posso lhe garantir que não é no chá dos imortais da Academia Brasileira de Letras, Maria.

Para os meros mortais, “a última flor do Lácio, inculta e bela”, como o poeta Olavo Bilac descreveu a língua portuguesa, é alterada por dois caminhos.

Na gramática normativa, aquela que aprendemos na escola, as regras demoram a mudar. Funciona assim: os linguistas ficam de olho na literatura e nos meios de comunicação. Quando notam uma mudança significativa e corrente nos usos da língua, propõem uma revisão gramatical. Esse processo leva anos até virar consenso entre os estudiosos e ir parar nos livros escolares.

Na ortografia, a mudança ocorre por força de lei. Como em 2009, com o Novo Acordo Ortográfico que remodelou a língua portuguesa para todos os países lusófonos (Brasil, Portugal, Angola, Timor Leste etc.). A ideia foi simplificar o português para que todas esses povos tivessem a mesma escrita. Ou seja, uma questão muito mais política do que linguística – agora, sem trema.

Fontes: Wagner Rodrigues Silva, pós-doutor em Linguística Aplicada (UFT/CNPq)

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