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Se Conselho Fosse Bom

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Coluna semanal de perguntas práticas, sentimentais e existenciais enviadas por leitores da SUPER. Por Karin Hueck

“Meu namorado não é assumido, mas não quero voltar pro armário!”

Nessa semana, os leitores pediram ajuda para lidar com relacionamentos (e carreiras) turbulentos.

Por Karin Hueck Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 fev 2017, 17h54 - Publicado em 23 fev 2017, 16h40

“Meu namorado não é assumido, mas não quero voltar pro armário!”

Eu conheci um cara logo depois de terminar um relacionamento e namoramos durante quase 2 anos. A relação teve momentos ótimos mas também foi bem caótica. Resumindo, ja faz 4 anos que estamos num vai e vem incansável. Eu sinto que nós formamos um belo time como casal, sabe? Parece que TUDO que falta em mim ele tem, e vice-versa. Mas o sexo não é lá essas coisas, e ele não é assumido (ter um relacionamento com alguém que está no armário é como se eu voltasse pra lá às vezes). O que eu faço? Volto? Corto relações de vez? Deixo nesse chove não molha interminável? Como saber se ele é o “grande amor da minha vida”?
– Não quero voltar para o armário
Caro não quero. Se, depois de 4 anos indo e vindo, você não sabe se ele é o grande amor da sua vida, talvez você devesse dar ouvidos a essa dúvida. Por algum motivo, vocês não conseguem manter um relacionamento estável, e você citou duas questões que são bem estruturais: uma vida sexual frustrante, e o fato de ele viver no armário, o que provavelmente quer dizer que ele esconde você da família e dos amigos. Não é pouca coisa. Às vezes, compatibilidade não é tudo. Tem muita gente que pode fazer você se sentir completo, sem todo esse histórico desgastado. No fundo, acho que você está apenas querendo confirmação para algo que já sabe, então aqui vai: não volte com ele, não viva pela metade, ele provavelmente é apenas um dos grandes amores da sua vida. Você vai achar o próximo. Boa sorte!

 

“Meu namorado não é assumido, mas não quero voltar pro armário!”

Tenho 35 anos, e não consigo arranjar um emprego. Só tive um registro em carteira na vida, que não durou mais que 3 meses. A maior parte do meu trabalho é como free-lancer. Me formei e não consegui trbalho na área que escolhi. Depois, tentei abrir um negócio por duas vezes e não deu certo. Por causa disso, não conquistei quase nada na vida: nem bens, nem uma carreira. Olho pra trás me sinto como um inútil por não ter progredido. Para ajudar, engravidei minha namorada, sendo que estamos juntos apenas há 7 meses. A gravidez é de risco, pois ela teve AVC e tem convulsões. Sem trabalho, sem dinheiro e com uma criança pra nascer… O que fazer?
– Tudo junto
Caro tudo junto. Vamos atacar os problemas por partes. O foco agora está nessa criança que vai nascer. Você não precisa acumular bens nesse exato momento ou engatar uma carreira promissora. Uma vida de free-lancer estruturada já está de bom tamanho. Agite os seus contatos para garantir trabalho para os próximos meses (atenção: trabalho é diferente de um emprego). Você não disse que tem nenhum dinheiro – apenas que não está no ponto da vida que você imagina que deveria estar. Cuide da saúde da sua namorada e ajude a criar seu filho. Não está escrito em pedra que você precisa ter a vida completamente resolvida aos 35. Dá tempo de fazer tudo.

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