Não tenho certeza se o meu crush é gay. Devo investir?
O que fazer quando sua mãe prefere o seu irmão? E como lidar com um crush tímido demais?
Assim que entrei na faculdade me apaixonei por um veterano de lá. Tentei diversas vezes conversar com ele mas o papo nunca fluía. Até que uma amiga “stalker” viu que ele curtia publicações lgbt’s, não sei se ele é homossexual ou simpatizante. Ele parece ser muito tímido. Devo deixar clara a minha vontade de dar algumas bitocas nele? Se sim, qual a melhor forma de fazer isso sem passar vergonha? Ps: Faz dois anos que estou crushando ele.
– Uspiana.
Cara uspiana. O fato de ele curtir publicações LGBTs realmente não quer dizer muita coisa: ele pode ser simpatizante ou representante da sigla B, por exemplo – o que faz com que você tenha chance. Você só vai saber o que ele pensa se for direto ao ponto. Já faz dois anos, afinal. Chame-o para tomar um café ou uma cerveja algum dia e veja o que ele responde. Não tem nada de vergonhoso em demonstrar interesse em alguém. O máximo que pode acontecer é ele deixar claro que não vai rolar – o que vai deixar você livre para partir para a próxima.
Fui criada somente pela minha mãe e nunca tive contato com meu pai. Durante muito tempo fui muito apegada a ela, mas fui cortando o cordão umbilical aos poucos, principalmente após a psicoterapia. Atualmente moramos em cidades diferentes e um pouco distantes. Antigamente eu a visitava a cada 15 dias. Contudo, diminui gradativamente as visitas faz uns dois anos e ela cobra minha presença. Parei de ir com frequência por dois motivos: estou em um relacionamento com quem estabeleci uma relação familiar (companheiro, enteado e eu) e porque me irrita ela falar que um dos meus irmãos é o filho favorito. Brigamos porque ela acha que eu a deixei por causa do meu relacionamento, ao mesmo tempo me sinto rejeitada por causa da preferência. Não sei o que fazer
– A rejeitada
Cara rejeitada,
Sua mãe fica falando o tempo todo que seu irmão é o filho favorito? Se sim, concordo com você que é altamente irritante e entendo você reduzir a convivência. Também não sei a distância que separa vocês – mas, se for grande, visitá-la a cada 15 dias parece um esforço considerável. Ainda assim, vocês podem conversar semanalmente, por exemplo, e marcar de se ver em ocasiões importantes, como feriados ou aniversários. Mas penso que ela tem um pouco de razão quando diz que você sumiu por causa do seu namoro – você mesmo diz que criou um mundo à parte com ele (o que também não é nenhum problema). A não ser que ela tenha algum problema com o seu companheiro, leve ele junto nas suas visitas – afinal, ele faz parte da sua vida e é normal que conviva com a sua família. Mas não perca a chance de, na próxima vez em que a sua mãe falar como o seu irmão é maravilhoso, você dizer: “Mãe, é muito desagradável ouvir isso e me dá vontade de não vir mais te visitar”.