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Se Conselho Fosse Bom

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Coluna semanal de perguntas práticas, sentimentais e existenciais enviadas por leitores da SUPER. Por Karin Hueck
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Nunca tive a vida que quis e agora vou ter um filho com uma mulher que não amo. Eu só quero ser um eremita. O que faço?

Nesta semana, os leitores pediram conselhos para suas trajetórias de vida frustradas, sobre como manter amizades – e o que fazer quando um cara simplesmente para de ligar.

Por Karin Hueck Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 30 dez 2016, 10h23 - Publicado em 1 dez 2016, 15h17

Meu caso é um pouco complexo. Fui casado por mais de 15 anos com a mãe do meu filho, que hoje tem 5 anos. Já não aguentava mais ser o “marido perfeito” na roda de amigos. Ela não me satisfazia sexualmente e não se cuidava mais. Eu sempre fui sustentado por ela. Eu queria ter sido policial federal, mas ela me dizia que não precisava, pois ela daria conta de tudo porque era médica. Eu fui ficando pra trás. Hoje em dia, sou quase um administrador, quase um engenheiro florestal, quase um publicitário – ou seja, não sou nada… Eu cheguei a trair a minha mulher mais de uma vez – tive até um caso fixo, por mais de 4 anos. Mas cansei disso. Prometi a mim mesmo que ao sair daquele relacionamento, seria de uma pessoa só. No fim de 2014 conheci uma pessoa e me separei. Minha nova mulher era 14 anos mais nova e tinha ciúmes demais. Não deu certo. Hoje estou com uma pessoa que conheço há muito tempo. Ela engravidou, mas eu não quero um filho. Ela já está de 6 meses e ainda não consigo assimilar. Não sei o que fazer, não a amo. Foi um erro. Quero me reinventar e recomeçar a vida, sozinho. 
– Não sou nada
Caro nada. A primeira coisa que você precisa fazer é tirar da cabeça a fantasia de que você vai recomeçar a vida sozinho em algum lugar. Você tem dois filhos pequenos – um ainda nem nasceu! – e não existe a opção de você viver sozinho pelos próximos 18 anos. Você não precisa ficar casado com ninguém e pode viver a sua vida de eremita sentimental sem problema algum – mas da criação dos seus filhos você precisa participar. Também não consigo me compadecer muito com a sua situação profissional. A não ser que a sua ex-mulher tenha amarrado você no pé da geladeira e proibido você de sair de casa, você poderia ter estudado ou trabalhado, mesmo que ela arcasse com as contas do lar. Poderia até ser policial federal! Durante 15 anos, aliás, você teve o privilégio de não precisar trabalhar para se sustentar, o que você poderia ter usado a seu favor para se aperfeiçoar em algo que gostasse. (E PS: você estava longe de ser o “marido perfeito” com uma amante de 4 anos no currículo.)

Felizmente, ainda há solução para a sua situação. Deixe de agir como vítima – ninguém está impedindo você de nada! – e faça as escolhas que você quer para a sua vida. Separe-se da sua atual namorada, se for o caso, e procure um trabalho que você consiga fazer bem (desde que seja perto do seus filhos e que inclua tempo útil para cuidar deles – não só pagar a pensão). Dá tempo de você realizar todos os seus sonhos.

Nunca tive a vida que quis e agora vou ter um filho com uma mulher que não amo. Eu só quero ser um eremita. O que faço?

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Tenho um problema que é decisivo no fato de que sou uma pessoa infeliz: todas as relações que estabeleço são superficiais. Da mesma forma que nunca fui de ter melhores amigos, também nunca fui uma “melhor amiga”. A verdade é que eu não sei como ser assim. Não sei como transformar uma amizade que se restringe a um contexto (colegas de faculdade, de trabalho) a algo mais profundo. Sempre quando eu tento, parece que o feedback é negativo, a amizade não desenvolve e sinto uma forte sensação de fracasso. Não sei como aprender a ser uma amiga de verdade.
– No friends 4ever
Cara 4ever
Fazer amigos não é tão difícil assim – mas criar amizades e torná-las duradouras pode ser um desafio. Manter amigos é quase como manter um relacionamento: dá trabalho. Você precisa estar disponível para conversas mesmo quando não está a fim, comparecer aos encontros, mandar mensagens para saber se está tudo bem. Claro que na maior parte do tempo você nem percebe que está trabalhando – amigos são as melhores coisas que existem, afinal: você pode manter vários deles ao mesmo tempo, pode ir trocando-os de vez em quando, não precisa dar satisfação e pode até dar uns sumiços de vez em quando. Mas fico pensando no que você disse, que recebe feedbacks negativos das pessoas de quem você tenta se aproximar: será que você está sendo inconveniente? Será que você é daquelas pessoas que só sabem falar de si? Será que você vive reclamando? Será que não sabe rir das coisas? Todas essas coisas afastam as pessoas. Pense se algum desses não é o seu caso, e tente acertar no approach. Procure também não ficar muito encanada com as coisas – amizades precisam ser leves, afinal.

Nunca tive a vida que quis e agora vou ter um filho com uma mulher que não amo. Eu só quero ser um eremita. O que faço?

Conheci um cara e durante algum tempo conversamos por telefone. Um dia, saímos, nos beijamos, fizemos uns carinhos… No dia seguinte, ele ligou, disse que adorou e que precisávamos repetir em breve. Nos três dias seguintes mandou mensagens carinhosas. Só que na última vez falou que estava trabalhando muito, mas que não me esqueceu e que me ligaria. Só que não ligou. Minha dúvida é: o que mudou????
– Silêncio
Infelizmente, nada mudou. Ele provavelmente não estava tão interessado assim em você desde o começo e decidiu romper o contato. E uma dica para o futuro: “estar trabalhando muito” é a desculpa favorita de 10 entre 10 pessoas que querem desaparecer. Parta para a próxima  : )

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