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Entrevista com Matheus Souza, de “Apenas o Fim”

Por Redação Super
Atualizado em 21 dez 2016, 10h37 - Publicado em 10 jun 2009, 20h41

Assim que a gente soube da pré-estreia para imprensa de “Apenas o Fim”, nós do site da SUPER ficamos animadíssimos. Afinal, um filme brasileiro sobre um casal jovem, cheio de piadinhas sagazes e ainda por cima com um protagonista nerd… bom, tivemos que conferir.

“Apenas…” ganhou destaque não apenas pelos prêmios de audiência que levou nos festivais do Rio de Janeiro e de São Paulo, mas por ser bem diferente do tipo de filme brasileiro que costumamos assistir. Há mais de cem (verdade!) referências a filmes, jogos, sites, quadrinhos e desenhos que fazem parte do universo dos jovens. O resultado é um filme fofo e divertido, recheado de piadas inteligentes e boas sacadas.

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Não é de se estranhar que a fórmula funcione: o próprio diretor e roteirista, Matheus Souza, é um garoto de vinte anos que ainda cursa a faculdade de cinema. Para criar o filme, precisou da ajuda dos amigos de sala e uma graninha extra tirada de uma rifa de Black Label. E foi com ele que o Superblog conversou, por telefone, enquanto o “garoto-prodígio” ia de uma coletiva de imprensa para outra. Haja disposição!

Você já tinha feito outro filme antes?

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Não, não. Foi o primeiro.

E como surgiu a ideia de fazer um longa logo de primeira?

 

Eu sempre fui super apaixonado por cinema. Desde o dia que eu vi “A Bela e a Fera”, eu sabia que queria fazer isso. Mas era difícil, porque eu estava no terceiro período da faculdade e longa é uma coisa que só o pessoal dos períodos mais avançados faz. Foi então que eu tive essa ideia meio maluca de convencer as pessoas a fazer um filme comigo, um longa possível. Eu peguei várias referências de filmes que eu gosto muito, com bastante diálogo, poucos personagens. Eu sempre gostei muito de diálogos. E foi assim.

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É verdade que o filme foi rodado com o dinheiro de uma rifa de uísque?

 

Então, é… a gente teve muitas dificuldades. Mas aí é que tá: sempre que aparecia uma dificuldade, a gente atravessava ela de forma criativa, sabe? A gente rifou um uísque Black Label pra conseguir o dinheiro pro aluguel dos equipamentos. Aliás, a gente queria usar os equipamentos da faculdade, mas eles não podiam sair de lá no período de férias. Então eu bolei um roteiro que pudesse ser rodado inteiro
dentro da PUC.

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Foi fácil trabalhar com seus amigos de faculdade?

 

Nossa, foi bem bacana, bem divertido. Foi como se reunir com os amigos pra ir pra Búzios, só que a gente se reuniu pra fazer um filme. Todo mundo se divertiu.

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Você já está pensando no próximo roteiro?

 

Ah, então, não sei se tudo isso está sendo superestimado, mas eu não pensei em uma continuação pra esse filme, talvez ficasse muito “mais do mesmo”. Agora, a gente está gravando o “Por Enquanto”, que é um filme com orçamento de 3500 reais. E temos o “Pessoas Felizes”, que é um outro projeto, que ainda estamos criando.

 

Você acha que as pessoas vão entender todas as referências que você fez no filme?

 

Nem todas as piadinhas precisam ser entendidas. Eu pensei que é como qualquer relação de um casal, com suas piadas internas e acho que é mais… enfim, é mais legal que essas piadas existam. Como nos filmes dos diretores que eu adoro, a piada está lá: pra quem entende, é bacana, mas quem não entende pode passar reto. Eu achei que quanto mais pessoal fosse, mais universal seria, mais pessoas iam se identificar. Sei lá, mesmo que uma pessoa de 40 anos não entenda a piada sobre Transformers, ela vai entender a ideia geral. É uma história universal, todo mundo já viveu algo parecido.

 

O quanto o filme tem de autobiográfico?

 

Autobiográfico… pô, então, eu queria falar sobre o que eu sabia, né? Então muito partiu de mim, mesmo. A gente reuniu várias citações, conversas de pessoas conhecidas, lembranças, histórias, casos de amigos, além de referências de filmes que eu gosto, que nem os do Woody Allen, por exemplo. Mas, assim, tem bastante coisa no filme que é minha, dos meus amigos.

 

O que mudou depois das premiações nos festivais?

Hum, o que mudou… agora eu tenho menos tempo pra jogar videogame (risos). Brincadeira! Agora eu conheço mais garotas bonitas também (risos). Bom, eu passo o dia inteiro correndo que nem um louco, indo pra cima e pra baixo nos festivais, viajando com o pessoal da equipe. Sabe, isso é muito legal. Imagina nunca ter ido pra lugar nenhum e de repente conhecer o mundo, acompanhando as coisas que você fez, tudo isso com vinte anos.

 

Você disse que algumas piadas tiveram efeitos diferentes
em São Paulo e no Rio. Quais foram elas? O que mudou de uma cidade pra outra?

 

Ah, aqui
em São Paulo tem mais nerds, né?! (risada) Na verdade não foram reações tão diferentes. No Rio, o pessoal ria mais dos costumes, dos amigos malucos do Tom, por exemplo. Já
em São Paulo, pegou mais o lado dos blogs, da internet e outras referências de filmes, por aí.

 

Bom, então pra terminar: qual é o seu cavaleiro do zodíaco favorito?

Putz… é o Ikki, cara! O Shiryu é bem legal também, mas o Ikki é poser, é “from hell”. Nossa, ele é demais. E ele tem os melhores poderes. Tipo, o Seya e o Shiryu são mais “gostáveis”. Ah, o Hyoga também é muito legal. Quem teve boa criação gosta do Hyoga, cara. (risada) Nossa, muito obrigado por essa pergunta! Geralmente ninguém pergunta essas coisas.

 

Ah, então a gente pergunta mais! E o seu Pokémon favorito?

 

Pokémon? Bulbassauro. É, cara, quando eu estava na quinta série, eu e mais três amigos compramos o jogo do Pokémon e eu sempre escolhia o Bubassauro. E a gente ficava jogando na cara um do outro: “nooossa, olha o como o meu tem poderes muito mais legais, faz isso, faz aquilo” (risadas) Foi por causa dessa época que eu virei fã dele.

 

“Apenas o Fim” estreia na próxima sexta-feira, dia 12 de junho. 

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