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Cheiro de suor pode transmitir emoções positivas

Por Fabio Marton Estádio de futebol, concerto de rock, protesto, comício, desfile de carnaval. São situações em que as multidões parecem agir em uníssono, como que seguindo algum tipo de controle mental induzido a berros. Mas talvez a explicação esteja não só no que entra pelos ouvidos, como o que vem pelo nariz. Um estudo […]

Por Redação Super
Atualizado em 4 set 2024, 09h10 - Publicado em 16 abr 2015, 22h56

Por Fabio Marton

Estádio de futebol, concerto de rock, protesto, comício, desfile de carnaval. São situações em que as multidões parecem agir em uníssono, como que seguindo algum tipo de controle mental induzido a berros. Mas talvez a explicação esteja não só no que entra pelos ouvidos, como o que vem pelo nariz.

Um estudo publicado pela Association for Psychological Science (EUA) encontrou indícios que o suor pode influenciar as emoções em outras pessoas.  De forma positiva – outros estudos já haviam identificado como o suor transmite emoções ruins.

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O magnetismo animal em ação

Os pesquisadores escolheram 12 homens brancos, que não fumavam, não tomavam remédios, não tinham desordens psiquiátricas e foram proibidos de beber, ter atividades sexuais, consumir comida com cheiro forte ou fazer exercícios intensos nos dias anteriores à pesquisa. Enfim, o equivalente humano a pão de forma branco e sem casca.

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Ao chegarem ao laboratório, ganharam uma ducha nas axilas e tiveram absorventes instalados no local, recebendo também uma camiseta limpa. A seguir, eles assistiram vídeos escolhidos para causar reações emocionais – medo, felicidade e nada. Também fizeram uma tarefa para medir a emoção de um jeito mais frio, observar letras chinesas e classificá-las como agradáveis ou desagradáveis.

Na segunda fase, 36 mulheres sentaram em cadeiras com apoio para o queixo (como as do oftalmologista). Os frascos com o suor dos homens foram abertos sob seus narizes, antes de realizarem diversas tarefas simples, incluindo a dos caracteres chineses.

O resultado foi medido por suas expressões faciais – que, não, não foram de mais profunda desolação. As mulheres expostas ao suor apavorado mostraram contração no músculo frontal medial, no meio da testa, o que é um indicador de medo.  As que cheiraram o suor feliz apresentaram o “sorriso de Duchenne”, que é como os psicólogos chamam o sorriso de verdade, o oposto ao dos políticos carregando crianças pobres.

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“Nosso estudo mostra que ser exposto a suor produzido por felicidade induz a um simulacro de felicidade nos receptores, e induz a um contágio do estado emocional”, afirma Gün Semin, da Universidade de Utrecht (Holanda), condutor do estudo. “Isso sugere que alguém que está feliz vai infundir felicidade aos outros nas imediações. De certa forma, suar feliz é como sorrir – é infeccioso”.

Algo me diz que Semin nunca pegou um elevador no Brasil num dia de verão.  Seja como for, é a primeira explicação plausível para a existência da micareta.

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Se monitor tivesse cheiro, você já estaria na vibração do Axé [Marco Athayde, Jornal Comércio Hoje]

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