Pesquisador controla movimentos de outra pessoa pela internet
Imagine a seguinte situação: o piloto de um avião, por algum motivo, se torna incapacitado de exercer suas funções motoras durante um voo. Para conseguir pousar o avião, uma pessoa (que sabe pilotar e não está a bordo) controla os movimentos de algum dos passageiros e consegue resolver a situação. Parece sinopse de filme de […]
Imagine a seguinte situação: o piloto de um avião, por algum motivo, se torna incapacitado de exercer suas funções motoras durante um voo. Para conseguir pousar o avião, uma pessoa (que sabe pilotar e não está a bordo) controla os movimentos de algum dos passageiros e consegue resolver a situação. Parece sinopse de filme de ação. E por enquanto, só poderia acontecer em Hollywood mesmo. Mas pesquisadores estão trabalhando para disponibilizar este tipo de tecnologia.
Cientistas da Universidade de Washington conseguiram realizar a primeira experiência de sucesso com uma interface não invasiva de cérebro humano para cérebro humano. Parece complicado, mas o conceito é até simples: isso tudo quer dizer que um pesquisador foi capaz de enviar sinais cerebrais pela internet e controlar o movimento das mãos de um segundo pesquisador.
A experiência foi feita em dois laboratórios diferentes. O professor de ciência da computação e engenharia, Rajesh Rao, sentou-se em seu laboratório usando uma touca com eletrodos que estavam conectados a uma máquina de eletroencefalografia (que serve para ler a atividade elétrica do cérebro). A sua parte do teste era simples: consistia em olhar para uma tela de computador e jogar um game com sua mente. Para jogar, ele tinha que imaginar sua mão direita se movendo para clicar em um ponto. Mas sem mexer a mão de verdade.
Enquanto isso, do outro lado do campus da Universidade de Washington, Andrea Stocco, professor assistente de psicologia, usava uma touca de natação com uma marcação do local de seu cérebro em que deveria ocorrer a ação da bobina de estimulação magnética transcraniana. No caso, a bobina estava posicionada diretamente sobre o córtex motor esquerdo, que controla os movimentos da mão direita. E a função de Stocco era mais fácil ainda: ficar com a mão parada em cima de um teclado esperando para ver se o experimento ia funcionar.
Quando Rao imaginava sua mão causando um clique, alguns segundos depois Stocco involuntariamente movia seu dedo indicador direito para apertar a barra de espaço no teclado. Tudo graças à web. “A internet foi uma maneira de conectar computadores, e agora pode ser um jeito de conectar cérebros”, disse Stocco.
Os pesquisadores registraram em vídeo toda a experiência nos dois laboratórios. Veja abaixo:
Via Science Daily