Imagem: divulgação
O livro Admirável Mundo Novo (Ed. Globo, 398 pgs., R$ 17,90), de Aldous Huxley, me surpreendeu em diversos fatores. E quando digo surpreendeu, digo que este é um livro com o qual me identifiquei, um livro de que me lembrarei para sempre e um livro que me fez refletir sobre a sociedade atual.
A história é bem simples. O livro retrata uma sociedade em um futuro não tão distante onde todos os valores, os pilares das relações sociais e a concepção da humanidade estão totalmente diferentes. Nessa sociedade, cinco castas definem as relações sociais e hierárquicas, além dos empregos de cada um. Da melhor para a pior, a ordem é: Alfa, Beta, Gama, Delta e Ípsilon.
Digamos que você, leitor(a) fizesse parte desta sociedade. Se fosse produzido (pois ninguém nascia, todos eram feitos em laboratório e a ideia de maternidade era tratada com nojo) em uma casta inferior, seria um operário igual a outros tantos, e viveria menos que as castas superiores.
O mundo todo é controlado por uma droga chamada soma. O soma leva todos em uma viagem onde tudo é felicidade, tudo é festa e, apesar do trabalho, a vida é boa. A sociedade do livro não percebe o quanto é controlada. Outro fator notável é a falta de religiões e de livros que façam as pessoas refletirem sobre sua vida, como os de Shakespeare. Por fim, a família não existe. Nem pai, nem mãe e nem relacionamentos amorosos – passar mais de um mês com a mesma pessoa já era considerado blasfêmia.
O protagonista é Bernard Marx (repare na referência do sobrenome), que trabalha em uma das “fábricas” de pessoas. Sua casta é Alfa, mas ele não se comporta como tal, duvidando de todos ao seu redor e criticando aquela sociedade. Seu interesse amoroso é Lenina Crowne, uma mulher completamente alienada e que segue as regras da sociedade rigidamente O pensamento crítico dele e a mente parada dela causam um impacto divertido para o leitor, especialmente pelo modo com o qual Lenina critica a sociedade que, para nós, é real.
Não revelarei mais detalhes, pois acho que já falei até demais. Mas recomendo muito essa obra, ela com certeza fará você pensar.
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